30 de março de 2013

ESTREIA: Estações, no Sesc Consolação

O Centro de Pesquisa Teatral (CPT) estreará o espetáculo Estações, com orientação de Antunes Filho e coordenação de Emerson Danesi. Em seis cenas curtas e independentes, os atores-criadores Jefferson Nogueira, Marcia Nemer Jentzsch, Natália Duarte, Paulo Valentim, Poliana Pieratti e Tiago Martelli demonstram diferentes perspectivas da criação cênica.


Tiago Martelli, que interpreta "São Paulo, mon amour", conta que a cena surgiu a partir de um vídeo interpretado por Paulo Valentim, parceiro de criação e cena, em que um casal aparecia feliz em diversas situações. Contrapondo o vídeo, os dois resolveram falar sobre amor, saudade e perda. Martelli ressalta a importância da liberdade concedida por Antunes durante a criação, além das exposições, peças e filmes indicados pelo CPT.

  
LIFE IN PLASTIC
A apatia paralisante de uma mulher solitária é quebrada pela visita de um desconhecido. Transformados em cúmplices por uma insatisfação indefinível, embarcam num jogo de aparências e manipulação. Uma espiral onde as imagens se tornam cada vez mais estranhas e a realidade se distancia.

AR
Em cena, depoimentos sobre o corpo, colapsos, dores e perdas, geram uma dança agoniada e pueril. O ar ganha materialidade em gestos frágeis. Os sufocos são os alicerces dessa dramaturgia aberta, que fala sobre a morte ao falar sobre o sopro de vida. Uma tentativa de mostrar alegoricamente as faltas e preenchimentos que nos ventilam.

EXPERIMENTOS METAFÍSICOS
O laboratório da vida move suas engrenagens ao ritmo do conflito angustiado   entre conhecimento e ignorância, destilando o conceito de bem e mal em camadas de tempo e espaço num rastro de consciências múltiplas, unidas pelas centelhas cósmicas e a metafísica do ser.

SÃO PAULO, MON AMOUR
O passado persistente e frágil nutre lembranças da pele. Os corpos, contaminados pela memória, materializam faltas e afetos. As imagens confessionais, camufladas na ficção, relatam um sentimento de tons quase bélicos. Metáforas e limites devastam a cena, compartilhando com o espectador a vulnerabilidade da entrega.

BERG DES DEUTSCHEN
Um mergulho imagético pelas dinâmicas interpessoais de um cotidiano assolado pela violência. Visões individualizadas de uma realidade coletiva tentam abarcar os silêncios de um território desolado, aparentemente regido pelo ritmo de uma rotina pacífica. Existências que se cruzam, coexistindo em conflito, em uma narrativa poética e fragmentada.

UMA ODE BRASILEIRA
Ao som farcesco de rufores ufanistas, o cicerone ancestral, o ator metamórfico, desbrava mares e matas tupiniquins em busca de melodias, palavras e gestos que possam definir, ou não, uma identidade, uma brasilidade plural e fantasiosa, extrapolando os limites do sagrado e do profano, dançando por sobre a linha tênue entre vida e arte.


A estreia está marcada para a próxima segunda-feira, dia 01/04,  na Sala Beta, do Sesc Consolação. Você pode conferir até o dia 23/04, segundas e terças, às 20h.

SERVIÇO
Local: Sesc Consolação – Espaço Beta – 3º andar
Endereço: Rua Dr Vila Nova, nº 245 - São Paulo
Ingressos: R$ 10,00 - R$ 5,00 - R$ 2,50 
Duração: 75 minutos
Recomendação etária: 16 anos 

Por: Gustavo Rodrigues
De: São Paulo - SP
Email: gu@revistafriday.com.br

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