#05: Visibilidade Trans

Confira na capa do mês de fevereiro da Revista Friday, uma entrevista sobre os desafios de uma pessoa trans, com a ativista LGBT Rebecka de França.

INTERNET: Mudanças, tecnologia e Google+

Confira algumas mudanças que o google+ realizou para agradar os usuários.

Conexão Canadá: Vancity- The Journey begins

Camila Trama nos conta um pouco de seu intercâmbio em alguns lugares do Canadá.

CINEMA: Sassy Pants

Rebeldia, insatisfação e as paixões fazem parte do cotidiano de todos os adolescentes, confira a resenha do filme Sassy Pants.

VITRINE: O universo feminino de Isadora Almeida

Inspirada por ilustrações de moda, estamparia e coisas que vê por aí, conheça o trabalho da ilustradora mineira Isadora Almeida.

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14 de março de 2014

Cinema "Eles Voltam"

Vencedor oficial na categoria de Melhor Longa de Ficção no Festival de Brasília, "Eles Voltam", dirigido por Marcelo Lordello, sensibiliza para o nosso cotidiano e disparidades sociais. 


Foto: Divulgação

Marcelo Lordello, o novo Cara: nascido em Brasília e radicado em Recife, começou a trabalhar com filmes ainda na faculdade, de forma amadora. 

Com o passar do tempo, e hoje trabalhando também com filmes publicitários, Lordello pode ser considerado um novo e promissor personagem do cinema brasileiro.


 Foto: Reprodução/Internet

Foto: Reprodução/Internet

Fugindo de esteriótipos e amarras de mercado, e buscando um viés seu, o diretor consegue imprimir a verdade que inspira o tema em cada cena de seus trabalhos, aparentemente sem pensar o que o público comprará, mas sim o que pode querer ver retratado, criando vínculos com o enredo.

Eles Voltam, le filme interessante: os irmãos Cris (Maria Lindíssima Luiza Fofa Tavares) e Peu (Georgio Bom Ator Kokkosi) viajam com seus pais por uma estrada de Pernambuco, e no meio do caminho são deixados na estrada. Eles, acreditando que os pais querem apenas assustá-los para que não briguem tanto, esperam horas até que voltem para os buscarem, mas isso não acontece. Peu vai buscar ajuda, mas também não volta. 


Foto: Divulgação

E é a partir desse ponto, que Cris, então convencida por um jovem desconhecido com o qual ela se assusta em um primeiro momento, começa sua peregrinação por redutos antes desconhecidos dela. O desfecho do que aconteceu para que os pais dos jovens os deixassem desprotegidos em um lugar desconhecido, que após certo tempo pode ser deduzido pelo público, traz a revolução discreta que a experiência causou na menina.

O Filme, e suas coisas de ideia e produção:  o longo prólogo é mantido de forma paralela aos sentimentos dos personagens que dele participam. Planos abertos, que demonstram o quão instáveis os irmãos estão ali, são sustentados por períodos longos sempre alinhados ao sentimento não exteriorizado de quem é focado. 

A sequência do filme revela situações com as quais Cris não está acostumada, como escassez de recursos, moradias precárias, contatos com pessoas com as quais ela em outra situação provavelmente não interagiria, e pobreza. As relações de poder e sociais são escancaradas a cada sequência.


Foto: Divulgação

Apesar de não percebermos desespero na menina, e vermos sim uma serenidade mesclada com preocupação de como voltar para casa, depreende-se de cada gesto sutil da acanhada Cris que mudanças estão acontecendo nela como pessoa. São esse movimentos, junto aos close, plano aberto, e gestos delicados da competente (e estreante) Maria Luiza, que dão as notas que embalam a ideia do filme: mostrar de forma abstrata as mudanças e evoluções acontecidas com um adolescente desamparado ali.

Marcelo Lordello apresenta o longa como uma realidade, graças a amigos que junto a ele abraçaram o projeto. Com uma verba de cerca de 47 mil reais, distribuída entre pessoas e materiais, o diretor arrisca e consegue de uma forma particular e sem as achismos do que o público irá querer, sair do circuito das mostras e salas de cinéfilos para o grande público. A distribuição do filme para as salas pode parecer acanhada, mas é uma alegria tê-lo perto com a arte e comprometimento que transbordam da tela.

Se alguma perto de ti estiver com Eles Voltam em cartaz, mais que sugiro!

Ficha:
Eles Voltam
De Marcelo Lordello 
Com Maria Luiza Tavares, Elayne de Moura e Georgio Kokkosi.
Drama - 2012 - 95 minutos - Brasil 


Beijinho de luz :)



Por: Bárbara Argenta
De: São Paulo - SP
Email: barbara.argenta@revistafriday.com

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16 de fevereiro de 2014

Cinema - "Ela"

Sem dúvida uma das melhores estreias que assisti nos últimos tempos. 

Divulgação - Internet

"Ela", do diretor Spike Jonze, usa uma linguagem simbólica e cheia de reentrâncias pra dissolver sua mensagem. Com Joaquin Phoenix no papel do solitário recém-separado, Theodore,  Amy Adams como a amiga de anos, Amy, e a voz do sistema operacional Samantha protagonista, Scarlett Johansson, "Ela" consegue permear os sentidos de quem senta para assistir.

A musa da atualidade, Scarlett Johansson, participa apenas como a voz do OS, mas sua entonação e emoção são o suficiente para dar vida ao sistema Samantha.

O roteiro gira em torno de Theodore, um solitário escritor que acaba de se separar de sua mulher, Catherine (Rooney Mara). Fascinado por tecnologia, o personagem adquire um sistema operacional supermoderno (Johanson), com uma programação avançadíssima de inteligência artificial, e acaba por envolver-se sentimentalmente com ela. Entretanto, as dificuldades desse relacionamento começam a aparecer, e ambos buscar uma forma racional de trabalhar com eles.


Reprodução - Internet

O longa, indicado ao Oscar na categoria de Melhor Filme, também concorre a Melhor Roteiro Original, Melhor Trilha Sonora, Melhor Canção Original, Melhor Direção de Arte... ufa, tá bom, né?


Reprodução - Internet

Mais do que o destaque para a fotografia do filme, pode-se dizer que são colocadas algumas situações limite ali, tanto no plano da arte, quanto as que transcendem para a compreensão da atual realidade. A tecnologia e o ser humano estão ali como reflexos das atuais conjunções, e de como vivemos - ou tendemos a viver em breve.

A questão do isolamento físico e compartilhamento de experiências virtuais é uma delas. A entrega do personagem principal é um antagonismo se colocado ao lado da realidade pela qual ele é cercado, onde poucas pessoas "reais" fazem parte do seu dia-a-dia. 

A percepção do outro (ou a falta dela) ser mais apurada por conhecer de fato o que se está observando ou é apenas uma junção de fatos expostos por nós nas plataformas digitais?

Reprodução - Internet

Limitações virtuais, extensões digitais do nosso corpo, afinal, o que é possível absorver dessa nossa realidade?

Acredito que mais do que trazer a tona discussões sobre a influência e participação da tecnologia e suas mídias em nossa vida, a criação desse longa é mais do que apenas uma comédia romântica de autoexame, mas sim um início de exercício no sentido de entender como afetar e ser afetado por bombardeios diários de tecnologia pode nos transformar. Ou ainda administrar nossa vida, invertendo assim os papeis.

É bacana também como diretor mostra as decepções e as encaixa com o ambiente no qual o personagem se encontra naquele momento, tanto humanas quanto virtuais...

Sou uma aficcionada pelo digital, e por isso falo com segurança: não é uma crítica, e sim um a abertura para outros afluentes que a arte nos possibilita visitar.

Baita filme. Mais que recomendado!

Beijos no coração. 


Por: Bárbara Argenta
De: São Paulo -SP
Email: barbara.argenta@revistafriday.com.br

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31 de janeiro de 2014

Cinema - ''Grand Central''

Oi, gurizada! Semana passada, ao escolher algumas estreias para assistir, decidi por "Grand Central". O drama francês é produzido por Áustria e França, e dirigido pela novata (mas não tanto quase um tanto) Rebecca Zlotowski, promessa para o cinema francês de relato social tão retratado nas produções há algum tempo.
Reprodução / Divulgação

Alguns dos atores que participam do núcleo principal são Léa Seydoux (Karole - sim, a guria de Azul é a Cor Mais Quente), Tahar Lindo e Exótico Rahim (Gary - sim, do filme O Profeta), e Denis Ménochet (Toni - sim, de Bastardos Inglórios). Eles tem sintonia, e principalmente na primeira parte do filme, interagem de forma natural com o cenário e personagem fixo: a usina nuclear, onde é produzida grande parte da energia consumida no país. 
Reprodução / Internet

Toni (que trabalha na usina) pretende se casar com Karole (que também trabalha na usina), mas Gary (adivinha onde ele vai trabalhar?) seduz quase sem querer, só existindo mesmo e tals. Aaaacontece, que Karole e ele se apaixonam e colocam um par de chifres na cabeça do bom Toni. Gary, malandrão e machão, acaba por se expor demais à radioatividade do local (mas não importa porque ele quer dinheiro pra viver e tudo bem se expor mais um pouquinho pra ficar radioativo, com uma graninha, e perto da noiva do Toni), acaba também por engravidar a menina Karole, e acaba por ser descoberto. Acaba. Acaba com tudo, né? Mas ok...
Reprodução / Internet

Reprodução / Internet

Resumo: a história começa com a tal crítica social, segue por uma vertente que interage com o fura-olhismo romantismo das personagens mas se perde um pouco no fim, o que não permite aprofundar a discussão que poderia ser criada a partir dessas características: tanto das condições às quais as pessoas se submetem em lugares de alta periculosidade como este, quanto à mulher ser colocada ali como um ser secundário (que foi um dos tópicos mais criticados pelos especialistas em cinema no mundo), apesar da participação efetiva para o desenvolver da trama.

O fim é repentino, e nem permite a construção mental de finais secundários.
Reprodução / Internet

No roteiro são encontrados alguns pilares expostos: a condição social na França, onde a necessidade direciona pessoas com menos conhecimentos a cargos pouco significativos e por vezes perigosos; a forma como as usinas nucleares abrigam funcionários por período determinado, visto que passado algum tempo, a exposição radioativa obriga esses a deixarem o local; as relações conflituosas; e o enredo ilustrado com muito travelling, num plano que traz aproximação de quem assiste com os personagens
Reprodução / Internet

Mais um passo para a diretora Rebecca Zlotowski, que chegou há pouco, dirigiu Belle Épine (também com Léa), e apresenta uma ascendente forma de trabalhar com elementos clássicos (principalmente os do cinema francês), transformando-os em novas construções. Deve ser aperfeiçoado com essas experiências, e com certeza, outros bons trabalhos virão.

Fico na torcida para que ela reinvente esses elementos e construa suas características de forma mais contundente.

Até mais :)

Beijos de luz.


Por: Bárbara Argenta
De: São Paulo - SP
Email: barbara.argenta@revistafriday.com.br

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20 de dezembro de 2013

Cinema - Razões para assistir "Última Viagem a Vegas"

A reunião de Billy (Michael Douglas), Paddy (Robert De Niro), Archie (Morgan Freeman) e Sam (Kevin Kline) não poderia ser menos que muito boa. Há quem diga que poderia ter sido extraído muito mais dos atores, mas acredito que se você for aberto a aproveitar a sessão, sairá feliz.
Divulgação: Internet

O roteiro, apesar de um pouco clichê, tem atores mais que capacitados para representar e dar vida à sua história, que o torna mais do que muitos críticos chamaram de "uma versão geriátrica de 'Se Beber Não Case'".

O longa, dirigido por Jon Turteltaub, mostra o reencontro de amigos de infância para a despedida de solteiro de Billy, em Las Vegas. A proposta arranca risadas e (menos, mas também) algumas emoções mais dramáticas.

Enfim, às razões:

1 - Robert De Niro está no filme.


Foto: Divulgação

2 - As nuances de humor que cada personagem carrega oferece peso às construções de cena, que não deixam o longa pesado ou cansativo.

3 - O humor de Morgan Freeman é engraçado de verdade.

4 - A superproteção com idosos e a consequente pré-disposição a julgá-los pouco capazes é um tema pincelado no filme.

5 - Mary Steenburgen (mandando bem na cantoria) está ótima como a cantora de um "hotel-espelunca", e a química com a história e demais personagens é visível.


Foto: Divulgação
6 - A trilha sonora é muito bacana, montada por Mark Mothersbaugh.

7 - Vitalidade e possibilidade de curtir uma idade tão recheada de conhecimento (e de drinks) são amplamente explorados no decorrer do filme.

8 - A participação de 50 Cent em uma cena indica que ele está vivendo o ''outro lado'' de quando hospeda-se nos hotéis da vida por aí. Vai entender...

9 - Vegas é a própria fotografia e plano de fundo numa história que encontra alguns paradoxos como velhice, bebedeiras, traição, amor, amizade, festas e bom-humor.


Foto: Divulgação

10 - A qualidade da interpretação e a produção hollywoodiana são um casamento interessante para quem quer dar uma volta pela sétima arte, sem muitas intenções viscerais com relação ao roteiro, mas sim para aproveitar o tempo dando umas gargalhadas.

11 - Assistam. A menos que a ideia seja pensar muito e refletir sobre questões filosóficas, você vai curtir esse filme que pincela temas sérios com amenidades bem-humoradas.

Espero que curtam!

Beijos.

AH! E Feliz Natal, e Feliz Ano Novo, e muitas coisas boas nesses novos dias, onde a alegria será de todos, é só querer todos nossos sonhPAREI

Até!

Por: Bárbara Argenta
De: São Paulo - SP
Email: barbara.argenta@revistafriday.com.br

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7 de dezembro de 2013

Cinema: "Como Não Perder Essa Mulher"

Bom, o cara já chegou com proposta e direção meiga e abusadinhas. Com roteiro, direção e atuação principal de Joseph Gordon-Levitt, "Como Não Perder Essa Mulher" (original "Don Jon") abre as portas para esse lindo, num início bastante interessante.
Foto: Reprodução/Internet
 O roteiro segue vertentes diversas, mas tem como tema principal o vício em pornografia na internet. Sim, pois é. O diretor traz para discussão os valores de instituições como a família e a Igreja. Também aborda os relacionamentos com uma visão que poderia parecer machista, mas acaba por traduzir-se em duelos entre realidade e expectativa.

Jon (Joseph Gordon-Levitt) é o cara forte, sem muitas ambições, e que valoriza algumas coisas na vida, e frisa: assistir pornografia é uma delas, dentre família, Igreja e seu carro. Ele é barman e faz um rodízio infinito de mulheres nas noites em seu apartamento e tals. Acontece que um dia ele encontra Bárbara (Scarlett Johansson) e se apaixona. Ou acha que se apaixona. A guria faz algumas exigências para que a relação avance (diferente das outras que saíam liberando a tcheca com bem menos dificuldade), mas como ele a considera a mulher "mais linda que já viu", sucumbe aos pedidos. Após um tempo, o namoro é terminado por Bárbara, que tinha como uma de suas imposições em relação a ele que não assistisse pornografia. Aconteeeeece, minha gente, que o cara é viciado em pornowebss, e ela não gosta e termina o namoro porque viu o histórico que o bonito esqueceu de apagar, e daí acaba com ele, e fim, e zás. Nesse meio tempo, ele conhece Esther (Julianne Moore) e começa algo mais bonito e verdadeiro com ele mesmo, descobrindo uma outra forma de fazer amorzinho. Uma mais legal, segundo ele (e segundo o desfecho do filme também).
Foto: Reprodução/Internet
Galera, o filme tem intenções que, para mim, ficaram bem claras: 

- Jogar a discussão dos relacionamentos na tela (one more time);
- Evidenciar o quão hipócritas, dominadoras e controladoras as pessoas podem ser;
- Deixar na cara das meninas que caras (e meninas) assistem pornô e fim. E gente, enquanto não for um vício e essas coisas radicais, OK, sabe? Assistem mesmo. Meninas  e meninos com menos de 15 anos, aceitem essa verdade da vida: geral do baile já viu - ou vai ver - um pornozinho;
- Esbarrar em críticas ao papel designado e legitimado das instituições fundamentadas, como família e Igreja;
- Vícios podem ser superados com o tratamento certo.
- Não temos um Joseph Gordon-Levitt aqui pelo Brasil.

As inserções cômicas são divertidas, de fato. Acontece que o filme perde o ritmo em alguns momentos, o que é algo bem perdoável, vai. O cara estreou seu primeiro longa, e ainda há de avançar muito em suas técnicas.
Foto: Reprodução/Internet
Legal colocar também que sua atuação, juntamente com a de Julianne Moore (incrível em sua evolução durante o filme - pra mim poderia até ter mais dela, foi fantástica), são bastante convincentes. Ela, como sempre, consegue embeber de sentimentalismo a sua expressão, e carregar a cena que a envolve. Demais!

Considero essa estreia convincente. Nada que se diga "nossa que maravilhosa", mas bastante convincente. A naturalidade com que as coisas acontecem trazem até, em certos momentos, bastante proximidade com os casais que estão por perto na sala e reagem com uns "aaah é?"... Enfim.

Pra fechar, gostaria de dar duas dicas:

1- Se tu tens ciúme do boy, ou da menina, não vá com ele(a). Tem muita bunda, insinuação, movimentação, barulhos sensuais e coisas do gênero.
2 - Se tu tens vergonha de falar sobre sexo, ou qualquer coisa ligada a sexo com seus pais, não recomendo que vá com eles.

 Recomendado!

Beijos :)

Por: Bárbara Argenta
De: São Paulo - SP
Email: (barbara.argenta@revistafriday.com.br

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9 de novembro de 2013

Cinema - "Capitão Phillips"

A estreia do longa "Capitão Phillips", dirigido por Paul Grengrass (O Ultimato Bourne, Voo United 93...) e estrelado por Tom Hanks (err.. Tom Hanks), aconteceu essa semana no Brasil. "A Captain's Duty: Somali Pirates, Navy SEALs, and Dangerous Days at Sea" é o livro escrito pelo verdadeiro Richard Phillips, que passou pela situação em 2009, e no qual se baseia a adaptação.


Reprodução

O Comandante Richard Phillips (Tom Hanks) é responsável por entrega de suprimentos para o povo da Somália. Entretanto, enquanto percorre os mares para concretizar a entrega tem o navio que comanda atacado por piratas somalis, que, segundo havia sido informado, utilizam-se de força e violência para atingir seus objetivos. Apesar de conseguir defender sua tripulação, ele acaba sendo utilizado como refém dos piratas, que saem do navio em uma baleeira, para que eles obtenham o valor do resgate pelo cidadão americano que está sob supervisão constante deles.

A trama envolve sim, tem um timing legal, e uma dose muito bem medida de sacadas cômicas - em ganchos apropriados. 

Tom Hanks é... bom, Tom Hanks.


Reprodução

A veracidade das cenas é casada com a câmera, utilizada sem apoio para a filmagem em parte considerável do filme, o que aproxima da história.

Interessante a abordagem da realidade feita sobre os piratas que atuaram na costa daquela região: o filme, em diversos momentos, aborta (sutil, ou escancaradamente) as restritas opções que alguns veem para sustentar as necessidades na região, as organizações que tiram proveito disso e a visão distorcida daquela realidade, por um viés "do outro lado".


Reprodução

A equipe ficou dois meses em um navio para concretizar as gravações, e, segundo o protagonista, passaram por situações bastante... enjoativas. Outra curiosidade é que ele só conheceu os atores (que na verdade não são atooores atores) que interpretam os piratas, no dia da gravação.

Válido uma passadinha no cinema pra conferir esse drama.


Youtube

Beijos, gente!


Por: Bárbara Argenta
De: São Paulo - SP
Email: barbaraargenta@revistafriday.com.br

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6 de setembro de 2013

Cinema: "Frances Ha"

Dica da tia Bá: caso você queira fugir por 86 minutos da vida com cheiro de diesel, ou apenas/somente dar um up no astral, assista esse filme. Sim, já logo de cara te digo que ainda estou encantada com o que vi no cinema: saí feliz, contente e surpreendida positivamente vendo a vida mais leve colorida e melhor num futuro (e aquela coisa toda de Lulu Santos).



Sim, ao filme. Uma narrativa leve, com fotografia em preto e branco (o que dá todo um charme, apesar de eu ser suspeita pra falar: adoro filmes com essa característica), que nos traz a sensação de que ainda há tempo de fazer tudo o que queremos independente de termos 27, 50 ou 70 anos, e ritmado do início ao fim: esse é "Frances Ha".


Foto: Divulgação

Com direção do norte-americano Noah Baumbach (A Lula e a Baleia), e co-produção brasileira (RT Features), o filme se passa na cidade de Nova Iorque. Frances (Greta Gerwig, que também é corroteirista do longa) é uma jovem bailarina de 27 anos que se vê em meio a situações adversas.  Dentre seus trajetos durante o filme, passa por um rompimento com o namorado; mudanças constantes de endereço; uma turbulência na relação com sua melhor amiga Sophie (Mickey Sumner, filhotinha do Sting); e a esperança de integrar, de fato, a companhia de dança na qual trabalha. É uma pessoa divertida na essência, o que considero elemento fundamental (paralelo à sensacional atuação de Greta) para dar o tom ao filme.


Foto: Divulgação

Frances é uma personagem cotidiana. Assusta a proximidade (quase tangível) da dançarina com o público, e este é levado facilmente pela trama leve que se desenrola. A realidade vivida por ela entre seus desapontamentos, expectativas e caminhos que se abrem (e se fecham) é factual. Talvez por isso a sala ria e se emocione com as cenas da película de forma ritmada, junto com personagem. É uma ideia bonita, que contempla jovens cheios de opções e vontades, mas ao mesmo tempo em uma realidade que tenta atropelar com sua frieza.  A  conexão entre as cenas é sutil, coerente com a ideia de Baumbach, e reforça a lindeza de lindeza de lindeza que é esse filme.

(Sim, realmente fiquei tocada.)



Foto: Divulgação


Foto: Divulgação

Uma das cenas mais comentadas, onde Frances dança feat corre pelas ruas de NY ao som de Modern Love (David Bowie), é linda. Dá vontade de dançar junto. Cheguei em casa e dancei de tão feliz. Absolutamente normal.

Bom e portanto, quem puder assistir "Frances Ha", assista. É uma quebra dos estereótipos nas produções norte-americanas, e certamente uma obra que se destaca nesse cenário independente.

Beijo de luz no coração.



ps: genial a ideia do diretor ao incluir os endereços de Frances na tela, que ultrapassa os limites da proximidade.

Por: Bárbara Argenta
De: São Paulo - SP
Email: barbaraargenta@revistafriday.com.br

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23 de agosto de 2013

Bling Ring: A Gangue de Hollywood

Estreou nos cinemas "Bling Ring: a gangue de Hollywood". O filme dirigido por Sofia Coppola é baseado em fatos reais e foi publicado no artigo de Nancy Jo Sales (2010) na Vanity Fair, intitulado originalmente "The Suspects Wore Louboutins". 



A história (já conhecida de muitos) gira em torno um grupo de jovens moradores de Los Angeles que são fascinados e atraídos pela atmosfera de riqueza, luxo e status. "Bling Ring", como ficou conhecida a gangue, invade casas de artistas - Paris Hilton, Orlando Blom, etc., etc., - e deleita-se com o que encontram nas residências dos famosos, levando para casa o que lhes convém: bolsas, joias, dinheiro, bebidas - todos de marcas conceituadas como Chanel, Gucci e muuuito Louboutin.




As personagens transitam entre o claro fútil e o realisticamente (oi?) inconcebível, como não se preocupar em ser pegas por circuitos de monitoramento das casas. As personalidades deles são facilmente identificáveis durante o filme, como que personificando a atmosfera na qual o grupo está inserindo e externando em forma de comportamento todo o ambiente ao redor. A partir deste momento, o público começa a criar um conceito do como encarar a situação exposta pela cineasta. Desde a explícita futilidade ali arraigada e propulsora das ações dos jovens até as cenas onde eles cantam embalados pelo gangsta rap em diversas partes do filme, o roteiro tem ritmo e desenvolve a proposta a que foi criado.

A diretora não analisa nem aprofunda-se em julgamentos, mas traz temáticas para discussão: a futilidade; a facilidade de encontrar informações na rede e como utilizar-se delas; necessidade de (auto)afirmação para os "amigos" nas redes sociais e em grupos de amigos próximos fisicamente também; superficialidade e ambiente pouco concreto, baseado no material. Alguns outros subtemas também podem ser pontuados mas não com tanta clareza. A subjetividade de quem assistir fica responsável por essa detecção. 





Personagens secundários como a mãe de Nicki também chamam a atenção. Ela, especificamente, por tentar moldar um mundo ideal em aulas na própria casa e aparatos morais cor de rosa para suas filhas, e paralelamente, desconhecendo os atos das meninas durante os meses em que ocorreram os crimes. Como se a aparência e a falta de tato para trabalhar com a realidade no cotidiano da família fossem ali representativos do geral e predominantes.

O viés moral do filme pode ser encontrado, com destaque ínfimo, em Marc (Israel Broussard), que reage contra a permanência deles nos locais, mas é facilmente manipulado por Rebecca (Katie Chang), líder do grupo e sua melhor amiga.



Enfim... vale a pena conferir não apenas pelo particular efeito do ambiente superficial que hoje é criado em diversos meios, mas também para observação dos efeitos e reações que o psicológico desenvolve com esses estímulos duvidosos do life style  ali presente.


Bling Ring: a gangue de Hollywood
Katie Chang - Rebecca
Emma Watson - Nicki
Israel Broussard - Marc
Taissa Farmiga - Sam
Claire Julien - Chloe
Carlos Miranda - Rob


Beijos :)


Por: Bárbara Argenta
De: São Paulo - SP
Email: barbaraargenta@revistafriday.com.br

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26 de julho de 2013

Estreia "Simplesmente Uma Mulher"

Gente linda, mais uma (dentre tantas) estreia nos cinemas. Do diretor Rachid Bouchareb, "Simplesmente Uma Mulher" (original: Just Like A Woman) tem no enredo diversos clichês. Trata-se do encontro de duas mulheres que tem em sua intimidade fracassos pessoais e profissionais. Marilyn (Sienna Miller), norte-americana, toda errada na vida: perde o trabalho e descobre um chifre um caso extraconjugal de seu marido - ao mesmo tempo. Já a pequena Mona (Golshifteh Farahani), indiana, sofre com a cobra sogra que a atormenta por ainda não ter engravidado.



Marilyn, loira, absoluta, decide então participar de um concurso de dança, tentando dar uma virada em sua vida recentemente ferrada transformada. Paralelo a isso, Mona foge de casa, sozinha, desesperada, após uma situação chata com sua sogra. As duas se encontram em um lugar X (apenas X, não se sabe mesmo onde é) dos Estados Unidos e decidem ir até a cidade do teste de dança da dona Marilyn. No caminho, passam por um processo de autoconhecimento, discriminação por suas origens e percalços por serem... bom... mulheres.

A história, de pouca profundidade, pode ser considerada boa. Não mais que isso. É interessante notar que os pontos que poderiam se tornar alvo de reflexão por sua densidade, foram transformados em mais um ponto do filme, numa sequência ritmada em level easy Carla Perez. 

As interpretações são razoáveis e a interação de culturas colocada de maneira leve. Alguns momentos como quando Marilyn é expulsa de seu emprego com um saco de lixo que tinha suas coisas dentro, trazem subjetividade à cena: vida em frangalhos da pequena e doce Marilyn jogada cruel e friamente num saco de lixo preto de 50 litros.

As mudanças de paisagem durante a evolução do filme são ponto positivo: destacam-se pela coerência com os sentimentos exprimidos pelas personagens. Alguns enquadramentos valorizam tanto essa questão, que tornam Sienna e Golshifteh coadjuvantes. Detalhe da fotografia, que foi feliz ao conseguir captar o intuito do diretor em sua transposição do roteiro para a tela.





Um filme com clichês, sem um desfecho (o que adoro), mas bonitinho pra assistir com o noivinho, amiguinho, coleguinha... Relata, enfim, a busca eterna pelo que queremos. O que se quer, afinal? Essa coisa inata do ser humano buscando felicidade e tentando entender suas motivações.

E menos polêmico que outros do mesmo diretor como Fora da Lei, que tratou da indepêndencia da Argélia, e causou em Cannes.

Bonitinho, afinal. 

Beijo no coração.




Por: Bárbara R. Argenta
De: São Paulo - SP
Email: barbaraargenta@revistafriday.com.br

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14 de junho de 2013

Estreia: O Grande Gatsby

Oi!

Gente, fui assistir o filme já com o coração na mão dado o histórico de Baz Luhrmann e sua ~personalidade filmográfica~. As câmeras em constante movimento, o show de cores, brilhos, numa pegada (quaaase) kitsch, são sua marca registrada, bem como os romances que o enredo traz, geralmente impossíveis. 




Ao filme: O rico jovem Jay Gatsby (Leonardo DiCaprio) é objeto de curiosidade de Nick Carraway (Tobey Maguire), seu vizinho. Ao receber o convite para participar de uma de suas festas atende ao chamado e a partir daí entra em um universo paralelo à sua realidade. A prima de Nick, Daisy Buchanan (Carrey Mulligan), é casada com Tom Buchanan (Joel Edgerton) e posteriormente Gatsby faz uso de sua aproximação ~despretensiosa~ com Nick para retomar o contato com a jovem. Deste momento em diante dá-se uma série de acontecimentos que levam a um desfecho ligado à crítica da sociedade retratada ali, na década de XX, e seus afluentes.

O filme, que já teve outras versões gravadas anteriormente (a mais famosa, em 1974, de Jack Clayton), adquiriu o estigma de ser 'pouco possível' em versão cinematográfica, nunca alvoroçando ou chegando próximo do sucesso de um dos romances mais famosos da literatura norte-americana.


Acontece que comparações entre livros e filmes não deveriam ser feitas, na minha modesta e completamente irrisória opinião, pelo simples fato de serem dois ambientes completamente diferentes. Um e outro modo de transmitir a história correm em paralelo, nunca convergindo, pois a essência ali está, mas as ferramentas para trazer o público até ela são claramente desniveladas (horizontalmente, por favor, tenho um tombo por livros também).






As fracas atuações: a menina Carrey supera todos os outros nesse (triste) quesito. A personagem podia não requerer nada de efeito monstruoso, mas o básico da atuação dela como personagem importante pareceu tão despretensioso que nada agregou para diferenciar-se de ser "mais uma atriz". Tobey Maguire e Leonardo DiCaprio são razoáveis, com ápices na expressão do Seu Leonardo. Joel Edgerton, para mim, foi a surpresa, tanto em efeito quanto em expressão. 



Fiquei em dúvida até pouco tempo se havia gostado ou não. A trama, que tem origem no livro homônimo de F. Scott Flitzgerald, não foi levada por ele. Ao contrário, pareceu secundária frente ao espetáculo montado. Ao fim, quando a característica estética desmonta e o tal amor impossível torna-se protagonista, encontramos a essência e aí até rolam uns chorinhos pela sala.

Se levados em consideração todos os aspectos, admito que impressiona. Impressiona mas, a mim, deixemos claro, não comoveu. Exceto no fim.

E no fim... bom, acaba.

Beijos de luz no coração puro de todos.


Por: Bárbara Argenta
De: São Paulo -SP
Email: barbaraargenta@revistafriday.com.br