Gente linda, mais uma (dentre tantas) estreia nos cinemas. Do diretor Rachid Bouchareb, "Simplesmente Uma Mulher" (original: Just Like A Woman) tem no enredo diversos clichês. Trata-se do encontro de duas mulheres que tem em sua intimidade fracassos pessoais e profissionais. Marilyn (Sienna Miller), norte-americana, toda errada na vida: perde o trabalho e descobre um chifre um caso extraconjugal de seu marido - ao mesmo tempo. Já a pequena Mona (Golshifteh Farahani), indiana, sofre com a cobra sogra que a atormenta por ainda não ter engravidado.
Marilyn, loira, absoluta, decide então participar de um concurso de dança, tentando dar uma virada em sua vida recentementeferrada transformada. Paralelo a isso, Mona foge de casa, sozinha, desesperada, após uma situação chata com sua sogra. As duas se encontram em um lugar X (apenas X, não se sabe mesmo onde é) dos Estados Unidos e decidem ir até a cidade do teste de dança da dona Marilyn. No caminho, passam por um processo de autoconhecimento, discriminação por suas origens e percalços por serem... bom... mulheres.
A história, de pouca profundidade, pode ser considerada boa. Não mais que isso. É interessante notar que os pontos que poderiam se tornar alvo de reflexão por sua densidade, foram transformados em mais um ponto do filme, numa sequência ritmada em level easy Carla Perez.
As interpretações são razoáveis e a interação de culturas colocada de maneira leve. Alguns momentos como quando Marilyn é expulsa de seu emprego com um saco de lixo que tinha suas coisas dentro, trazem subjetividade à cena: vida em frangalhos da pequena e doce Marilyn jogada cruel e friamente num saco de lixo preto de 50 litros.
As mudanças de paisagem durante a evolução do filme são ponto positivo: destacam-se pela coerência com os sentimentos exprimidos pelas personagens. Alguns enquadramentos valorizam tanto essa questão, que tornam Sienna e Golshifteh coadjuvantes. Detalhe da fotografia, que foi feliz ao conseguir captar o intuito do diretor em sua transposição do roteiro para a tela.
Bonitinho, afinal.
Beijo no coração.
Marilyn, loira, absoluta, decide então participar de um concurso de dança, tentando dar uma virada em sua vida recentemente
A história, de pouca profundidade, pode ser considerada boa. Não mais que isso. É interessante notar que os pontos que poderiam se tornar alvo de reflexão por sua densidade, foram transformados em mais um ponto do filme, numa sequência ritmada em level easy Carla Perez.
As interpretações são razoáveis e a interação de culturas colocada de maneira leve. Alguns momentos como quando Marilyn é expulsa de seu emprego com um saco de lixo que tinha suas coisas dentro, trazem subjetividade à cena: vida em frangalhos da pequena e doce Marilyn jogada cruel e friamente num saco de lixo preto de 50 litros.
As mudanças de paisagem durante a evolução do filme são ponto positivo: destacam-se pela coerência com os sentimentos exprimidos pelas personagens. Alguns enquadramentos valorizam tanto essa questão, que tornam Sienna e Golshifteh coadjuvantes. Detalhe da fotografia, que foi feliz ao conseguir captar o intuito do diretor em sua transposição do roteiro para a tela.
Um filme com clichês, sem um desfecho (o que adoro), mas bonitinho pra assistir com o noivinho, amiguinho, coleguinha... Relata, enfim, a busca eterna pelo que queremos. O que se quer, afinal? Essa coisa inata do ser humano buscando felicidade e tentando entender suas motivações.
E menos polêmico que outros do mesmo diretor como Fora da Lei, que tratou da indepêndencia da Argélia, e causou em Cannes.
Bonitinho, afinal.
Beijo no coração.
Por: Bárbara R. Argenta
De: São Paulo - SP
Email: barbaraargenta@revistafriday.com.br
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