#05: Visibilidade Trans

Confira na capa do mês de fevereiro da Revista Friday, uma entrevista sobre os desafios de uma pessoa trans, com a ativista LGBT Rebecka de França.

INTERNET: Mudanças, tecnologia e Google+

Confira algumas mudanças que o google+ realizou para agradar os usuários.

Conexão Canadá: Vancity- The Journey begins

Camila Trama nos conta um pouco de seu intercâmbio em alguns lugares do Canadá.

CINEMA: Sassy Pants

Rebeldia, insatisfação e as paixões fazem parte do cotidiano de todos os adolescentes, confira a resenha do filme Sassy Pants.

VITRINE: O universo feminino de Isadora Almeida

Inspirada por ilustrações de moda, estamparia e coisas que vê por aí, conheça o trabalho da ilustradora mineira Isadora Almeida.

Mostrando postagens com marcador Resenhas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Resenhas. Mostrar todas as postagens

30 de novembro de 2013

Beginners

Qual foi a última vez que você fez algo pela primeira vez? Ou melhor, qual a última vez que você se permitiu fazer ou sentir algo pela primeira vez? No início dos anos 2000, Hal e seu filho Oliver viveram momentos nunca antes experimentados.
Oliver é um designer de quase 40 anos, solteirão convicto, que viu sua vida dar uma reviravolta após a morte da sua mãe. Aos 75 anos, seu pai, Hal, assume publicamente que é homossexual e decide viver tudo que não lhe foi permitido na década de 50, época que se casou com a mãe de Oliver.
Pouco tempo depois, Hal descobre que possui um cancro e dispõe de pouco tempo de vida. Com isso, o designer desenvolve uma relação cada vez mais próxima com o pai que nunca havia existido antes e tenta oferecer a ele um final de vida com o máximo de comodidades e alegrias. Após o falecimento de Hal, Oliver se encontra mais solitário do que nunca, tendo como única companhia Arthur, cachorro do falecido pai, até que um dia conhece Anne, uma atriz francesa que, assim como Oliver, possui vários complexos e ele é apresentado pela primeira vez ao amor.
Beginners, ao meu ver (e como o próprio título sugere), é um filme que trata de começos e recomeços, vide as histórias dos protagonistas, assim como traz uma reflexão sobre a tristeza e a solidão humana. Com uma narrativa alternada entre flashbacks e o momento atual (o filme se passa em 2003), ele pode se tornar cansativo para alguns, mas vale a pena conferir a atuação de Christopher Plummer (sim, é o Capitão Von Trapp de "A noviça rebelde") que, aos 82 anos continua demonstrando a sua versatilidade como ator, dando beijos em seu namorado e usando roupas que evidenciam a opção sexual do personagem.

Elenco: Amanda Payton, China Shavers, Christopher Plummer, Ewan McGregor, Goran Visnjic, Kai Lennox, Keegan Boos, Mary Page Keller, Mélanie Laurent, Melissa Tang
Direção: Mike Mills
Gênero: Comédia Dramática
Ano: 2010

Por: Natália Farkatt
De: Natal-RN
Email: natalia@revistafriday.com.br

Você já curtiu a Revista FRIDAY no Facebook? faça como eles ;)

15 de novembro de 2013

Cadillac Records

Etta James, Chuck Berry, William Dixon e Muddy Waters: Se você conhece estes nomes e é um admirador de jazz e blues, a dica de filme de hoje é para você. Um filme deixado de lado pela academia de cinema, chegou ao Brasil como lançamento direto em DVD.
Em "Cadillac Records", somos apresentados à história da Chess Records, responsável por alavancar carreiras de grandes nomes da música, como as citadas acima. Ambientado numa Chicago das décadas de 50 e 60, onde ainda prevalecia a forte segregação racial, Leonard Chess, um polonês branco e livre de qualquer preconceito, resolve criar um estúdio musical para gravar com pessoas como Muddy Waters e tantos outros.
A questão da segregação é importante na hora de entender um pouco mais da história de cada um dos personagens principais ali apresentados, trazendo drama, romance e o apartheid entre as raças. É um prato cheio para os amantes da música, trazendo uma trilha sonora arrasadora, repleta de clássicos e atuações incríveis, dando destaque para Beyoncé como Etta James.
Então aumente o volume do seu toca-discos e bom filme! 
Elenco: Adrien Brody, Beyoncé Knowles, Cedric the Entertainer, Columbus Short, Eamonn Walker, Emmanuelle Chriqui, Gabrielle Union, Jay O. Sanders, Jeffrey Wright, Mos Def, Norman Reedus
Diretor: Darnell Martin
Gênero: Drama

Ano: 2008


Por: Natália Farkatt
De: Natal-RN
Email: natalia@revistafriday.com.br

Você já curtiu a Revista FRIDAY no Facebook? faça como eles ;)

4 de outubro de 2013

Invocação do Mal

Às vezes eu não sei se o problema sou eu ou se realmente os filmes de terror tem pecado na qualidade de me amedrontar a ponto de ter que dormir toda enrolada ou ter medo de ficar em casa sozinha. Lembro que quando era adolescente adorava assistir filmes de terror, mas acabei deixando esse gênero um pouco de lado por não me trazer nada de empolgante. Mas isso foi antes de assistir o trailer de "Invocação do Mal" (The Conjuring), que estreou em julho nos Estados Unidos e na última sexta-feira 13 aqui no Brasil.


Dirigido por James Wan (Jogos Mortais), e ambientado na década de 70, o filme traz a história da família Perron, o casal Carolyn e Roger e suas cinco filhas, que se muda para uma fazenda do século 19 no interior de Rhode Island, após a comprarem em um leilão do banco. 


Pouco tempo depois da mudança, a família começa a perceber fenômenos estranhos na casa, como cheiro de carne podre, um menino misterioso que aparece através de uma caixa de música, mãos que puxam os pés de uma das meninas, além de hematomas misteriosos por todo o corpo de Carolyn. Quando os fenômenos ficam mais intensos, eles resolvem pedir ajuda do famoso casal Ed e Lorraine Warren (interpretados por Patrick Wilson Vera Farmiga), famosos por resolver casos de paranormalidade e exorcismos, como o de Amityville

Ele, um famoso demonologista e ela, médium, descobrem que o local foi casa de uma bruxa que amaldiçoou as terras e faria mal a quem tentasse tomá-la, o que fez com que, ao longo de séculos, pessoas morressem e matassem em circunstâncias misteriosas e seus espíritos ainda habitassem a casa. Porém, o espírito de Bathsheba é o mais odioso e mais difícil de retirar da casa.

Acreditem ou não, mas a história é verdadeira, os membros da família Perron ainda estão vivos e deram consultorias aos produtores enquanto o filme era rodado. Ed Warren morreu em meados de 2006, mas Lorraine ainda é viva e, junto com seu genro, mantém um museu de ocultismo, repleto de objetos retirados de casos resolvidos. Dentre eles estão a boneca Annabelle, a qual tem uma participação especial em "Invocação do Mal". Para saber mais sobre o Casal Warren (se vocês forem curiosos assim como eu), recomendo a leitura desta matéria do Assombrado, com direito a diversos links sobre os casos mais famosos. 

A real família Perron
"Invocação do Mal" é um filme que merece ser visto, não só pela história, mas pelos efeitos e pelo medo que causa (gostaria até de pedir desculpas por eventualmente ter machucado o ÚNICO dos meus amigos que teve coragem o suficiente pra me acompanhar no cinema), recordando os bons filmes de terror que fogem do padrão dos anos 2000. Segurem-se nas cadeiras, preparem o emocional e bom filme! Ah, cuidado com os relógios parando às 3h07 da madrugada. ;)

Elenco: Amy Tipton, Arnell Powell, Ashley White, Cabrenna H. Burks, Christopher Cozort, Christy Johnson, Courtney Lakin, Darrell Rackley, Desi Domo, Grace Layden, Hayley McFarland, Jamie Broadnax, Joe Montanti, Joey King, John Brotherton, Justin A. Thuesen, Karen Malina, Kyla Deaver, Lili Taylor, Mackenzie Foy, Marion Guyot, Matthew Pabo, Melllie Boozer, Meredith Jackson, Millie Wannamaker, Morganna Bridgers, Nate Seman, Patrick Wilson, Paul Shaplin, Ron Livingston, Rose Bachtel, Sarah Maykish, Shanley Caswell, Shannon Kook
Direção: James Wan
Gênero: Terror
Ano: 2013

Por: Natália Farkatt
De: Natal - RN
Email: natalia@revistafriday.com.br

Você já curtiu a Revista FRIDAY no Facebook? faça como eles ;)

20 de setembro de 2013

Cine Holliúdy

Filme nacional de comédia ambientado no nordeste, existe "de ruma" (ou "de monte", traduzindo do "nordestinês") por aí. Mas vou te contar, fazia tempo que eu não dava umas gargalhadas boas como foi com "Cine Holliúdy".
A história se passa em Pacatuba (interior do Ceará), uma cidade pacata, na qual não existem muitas opções para diversão do povo. Estamos na década de 70, época na qual as televisões comunitárias estavam sendo instaladas nas praças das cidades do interior e assim "roubando" o público dos pequenos cinemas. É então que somos apresentados a Francisgleydisson, pai de família e um autêntico amante da sétima arte, que, fugindo de outros lugares "impestados por aquelas tevês monstrengos" chega na cidade com o intuito de abrir o Cine Holliúdy, com muitos "filmes de porrada", "astistas" e "cabras do mal" capazes de mexer com o imaginário das pessoas.
Um "cabra arretado" e grande estrategista do marketing, Francisgleydisson dribla todas as dificuldades (financeiras e técnicas) com muito bom humor. Recheado de expressões tipicamente cearenses, o longa é uma celebração ao cinema e ao humor local, tanto, que ele é legendado para que ninguém se perca no mar de expressões como "caba de pêia" e "armaria" (que nos últimos meses ficou bem conhecida graças ao Bode Gaiato). 
Baseado no curta "Cine Holliúdy - O Astista contra o Caba do Mal" (2004), que ganhou vários prêmios em festivais, o cineasta Halder Gomes traz uma visão peculiar sobre o interior do nordeste, mesmo com a produção de baixo orçamento, além de trazer, em sua grande maioria, atores cearenses para montar o elenco. Somos apresentados à figuras essenciais de uma pequena cidade: A mulher fútil do prefeito interesseiro, seus capangas não muito inteligentes, a "piriguete", o cego, o bêbado e tantos outros que, com seus apelidos e trejeitos, arrancam gargalhadas até mesmo de quem não conhece a cultura das bandas de cá.
O filme estreou no Ceará antes de todo o Brasil e foi sucesso de crítica e público. Dia 30, ele entrou em cartaz nas principais cidades do norte/nordeste e pra saber quando vai chegar aí onde você mora, é só ficar de olho no facebook deles!
Elenco: Edmilson Filho, Miriam Feeland, Roberto Bomtempo, Jesuíta Barbosa, Falcão.
Direção: Halder Gomes
Duração: 91 min.
Ano: 2013

Por: Natália Farkatt
De: Natal - RN
Email: natalia@revistafriday.com.br

Você já curtiu a Revista FRIDAY no Facebook? faça como eles ;)

30 de agosto de 2013

Persepolis

Quando alguém fala as palavras "Irã" e "Oriente Médio", automaticamente pensamos em guerras, milhares de inocentes mortos, mulheres de burca no meio da rua, submissão, etc., etc., etc., ad infinitum baseado apenas no que vemos nas grandes mídias. Mas em 2002, Marjane Satrapi, cidadã iraniana, lançou uma série de quadrinhos retratando a mudança sofrida no governo do seu país durante a sua infância e adolescência. O sucesso foi tão grande que em 2007 a sua história foi animada e levada aos cinemas.
Com uma narrativa em flashback, somos apresentados a uma Marjane ainda criança, que viveu no meio da transição social do Irã, com a população nas ruas exigindo a renúncia do ditador Xá Reza Pahlavi. Filha de pais intelectuais de esquerda, aos poucos ela começa a entender as atrocidades cometidas pelo atual governante e vê o país virar pelo avesso, se fechar cada vez mais para o resto do mundo e restringindo as liberdades individuais.
Seus pais começam a perder amigos que desaparecem em circunstâncias misteriosas, vizinhos e parentes fogem para outros países enquanto as fronteiras ainda não estão fechadas e um dos tios preferidos da pequena Marji é assassinado na prisão. Em 1980, com a guerra do Iraque, os meninos são incentivados a entrar no exército e as meninas a se cobrirem dos pés à cabeça. Qualquer produto vindo do ocidente era ilegal e quem comprasse maquiagem, CD's e camisetas de bandas de rock era severamente censurado.
Sempre muito observadora e questionadora, Marjane começa a pincelar os acontecimentos para se descobrir como pessoa e como mulher. Com a repressão cada vez mais dura no Irã, seus pais decidem que ela pode ter uma melhor formação moral e educacional morando na Áustria, o que se prova o contrário, com a adolescente tendo que esconder a sua verdadeira origem por medo do preconceito e do julgamento que as pessoas fariam dela.
Após alguns anos, ela retorna ao seu país para fazer faculdade e encontra diversas dificuldades com as quais estava desacostumada: A restrição da autonomia da mulher e uma sociedade subjulgada a leis e governantes tiranos, pois, apesar dos pré- julgamentos que sofreu na Europa, ainda assim ela gozava da liberdade de namorar quem quisesse, ser questionadora e ir aonde quisesse sem que fosse severamente interrogada.

Diferente de outros filmes do gênero, Persepolis é uma animação não voltada para o público infantil. Ela mostra as consequencias da guerra e aborda temas como infidelidade, preconceito, depressão e divórcio. Ao mesmo tempo que traz à tona as atrocidades que a humanidade comete contra ela mesma, mas ainda assim o faz de forma carismática e em alguns momentos, bem-humorada.
PS: O trailer está em inglês, mas recomendo a vocês a assistirem com a dublagem original, em francês. ;)

Elenco: Catherine Deneuve, Chiara Mastroianni, Danielle Darrieux, Gabrielle Lopes Benites, Simon Abkarian
Direção: Marjane Satrapi, Vincent Paronnaud
Gênero: Animação
Duração: 95 min.

Ano: 2007

Por: Natália Farkatt
De: Natal - RN
Email: natalia@revistafriday.com.br

Você já curtiu a Revista FRIDAY no Facebook? faça como eles ;)

16 de agosto de 2013

Colegas

Creio que muitos de vocês, assim como a pessoa que vos escreve, ouviu falar pela primeira vez do filme "Colegas" através da campanha #VemSeanPenn que rodou a internet há algum tempo. Porém, a distribuição do filme foi limitadíssima e nem todo mundo conseguiu assisti-lo no cinema.
Mas em resumo, a história é a seguinte: Os três amigos, protagonistas do filme, são internos de uma instituição que abriga crianças e adolescentes portadores da síndrome de Down. Logo no início somos apresentados à história deles: Stallone nunca conheceu os pais, mas sempre disse a todo mundo que seu pai fugiu de casa para ser ator em Hollywood enquanto a sua mãe virou a rainha de Atlântida; sendo assim, o seu maior sonho era conhecer o mar. Já Márcio conheceu os pais, mas os mesmos morreram em um acidente de carro. Suas irmãs mais velhas o internaram no instituto, o visitavam com frequência e diziam que seus pais estavam construindo um castelo no céu. Com o tempo, as visitas ficaram mais raras e elas nunca mais apareceram, despertando assim o desejo do rapaz de voar. Já Aninha foi colocada no instituto quando ainda era uma criança e seus pais disseram que só voltariam para busca-la quando ela se casasse com um homem famoso. 
Um belo dia, os três amigos arquitetam um plano para fugir do internato e ir atrás dos seus sonhos. A bordo do conversível vermelho do jardineiro, eles viajam pelo interior do Brasil, saindo de São Paulo até chegar em Buenos Aires, na Argentina. Para conseguir comida e roupas, eles se baseiam em grandes assaltantes do cinema para realizar furtos em lanchonetes, lojas e postos de gasolina. Aliás, referências a filmes hollywoodianos é o que não falta no enredo. Sendo assim, o trio acaba se tornando um dos grupos de assaltantes mais procurados do país, mobilizando forças policiais nacionais e internacionais para detê-los.
A proposta do filme é linda e louvável, mas enfrenta um porém: O roteiro. Senti que as cenas do filme não foram escritas com uma sequencia lógica e sim, aleatoriamente e jogadas de qualquer jeito no filme. Mas, olhando por outro lado, prefiro pensar que isso foi proposital e quis retratar a visão poética e diferente do mundo dos amigos apaixonados por cinema. É interessante também notar a crítica à imprensa nos meios de comunicação de massa, através da caricatura do jornalista exagerado e que a gente sabe que adora aumentar o que está sendo noticiado. 
"Colegas" é um filme que trata de experimentar a liberdade pela primeira vez, sem regras e sem preocupações, numa eterna brincadeira. É sobre aproveitar as coisas simples da vida e, redundante dizer, correr atrás dos seus sonhos. Bom filme! :)

Elenco: Alex Sander, Alexandre Tigano, Amélia Bittencourt, Anna Ludmilla, Ariel Goldenberg, Breno Viola, Carlos Miola, Christiano Cochrane, Daniele Valente, Deto Montenegro, Elder Torres, Giulia de Souza Merigo, Juliana Didone, Leonardo Miggiorin, Lima Duarte, Marcelo Galvão, Marco Luque, Maytê Piragibe, Monaliza Marchi, Nill Marcondes, Oswaldo Lot, Pedro Urizzi, Rita Pokk, Roberto Birindelli, Rui Unas, Simone Teider, Theo Werneck
Direção: Marcelo Galvão
Gênero: Comédia
Ano: 2012

Por: Natália Farkatt
De: Natal - RN
Email: natalia@revistafriday.com.br

Você já curtiu a Revista FRIDAY no Facebook? faça como eles ;)

2 de agosto de 2013

Apenas uma vez

A vida de quem gosta de filme é assim: Sempre tem aquele título que todo mundo sempre fala muito bem, mas você nunca se deu ao trabalho de assistir. O primeiro que eu falei aqui foi "Forrest Gump" e hoje trago pra vocês "Apenas uma vez".
É engraçado que sempre que falamos em (filmes) musicais, relacionamos aquele modelo comercial ou estilo Broadway, o que causa certa irritação nas pessoas (e me faz ir ao cinema sozinha por falta de companhia). Mas antes que você desista de ler sobre/assistir o filme em questão, saiba que ele não se encaixa nos padrões ~tradicionais~.

A história tem como palco principal a cidade de Dublin, na Irlanda, onde somos apresentados a um músico de rua, que após o término de um romance saiu do interior do país para trabalhar com seu pai numa loja de consertos de aspiradores de pó e como músico nas horas vagas. Um dia ele conhece uma jovem mãe, vendedora de flores e imigrante vinda da República Tcheca, que ainda tenta se encontrar na nova cidade.
No decorrer da história ambos descobrem que tem interesses em comum, como a paixão pela música, que é usada como linguagem e tema central do filme. É importante ressaltar também que são os dois personagens que guiam a história, mas eles não são chamados por um nome próprio, apenas "a garota" e "o rapaz", os quais reconhecem o talento um do outro e se juntam para, mutuamente, tornar os seus sonhos realidade.
Com uma fotografia maravilhosa, história simples e trilha sonora ganhadora do Oscar, "Apenas uma vez" é um bom filma para assistir no final de semana e pensar sobre as escolhas que fazemos na vida.

Elenco: Alaistair Foley, Bill Hodnett, Catherine Hansard, Danuse Ktrestova, Darren Healy, Geoff Minogue, Gerard Hendrick, Glen Hansard, Kate Haugh, Leslie Murphy, Mal Whyte, Markéta Irglová, Pat McGrath, Sean Miller, Senan Haugh
Direção: John Carney
Gênero: Musical/Romance

Ano: 2006

Por: Natália Farkatt
De: Natal-RN
Email: natalia@revistafriday.com.br

Você já curtiu a Revista FRIDAY no Facebook? faça como eles ;)

19 de julho de 2013

A Garota da Cafeteria

Dia desses eu falei aqui sobre o Richard Curtis, famoso pelo roteiro de várias comédias românticas como "Quatro Casamentos e um Funeral", "Um Lugar Chamado Notthing Hill" e "Bridget Jones" e por levar o cinema britânico a um novo patamar. Em "A Garota da Cafeteria", Curtis deixa sua marca, desta vez em parceria com David Yates, diretor de "Harry Potter".

No filme, somos apresentados à Lawrence (Bill Nighy, figurinha carimbada nos filmes do roteirista), um assessor do Ministro das Finanças da Inglaterra. Bastante solitário e workaholic, em um dos seus raros momentos de folga, resolve ir à uma cafeteria. Chegando lá, o estabelecimento se encontra cheio e sem nenhuma mesa vazia, exceto uma em que está uma moça desacompanhada, chamada Gina (Kelly Macdonald). A conversa entre os dois se dá de forma tímida, superficial, pois Lawrence mostra-se muito acanhado em ter que socializar com uma pessoa estranha, mas ainda assim nada o impede de chamar a moça para um almoço. 

Os dois começam a se encontrar regularmente, plantando a dúvida entre os colegas de trabalho de Lawrence que os dois estão tendo um relacionamento sério, principalmente depois de Gina ser convidada a ir como acompanhante à Reykjavik, na Islândia, para uma conferência do G8.
Porém, Gina se torna um tanto quanto inconveniente ao olhos dos chefes de Estado, por seu posicionamento idealista, quando, em jantares e coquetéis onde todos estão reunidos, ela cobra dos países mais ricos atenção e real comprometimento com os países mais pobres (uma das questões tratadas na conferência era  a pobreza no terceiro mundo).
Se engana quem pensa que o filme é exclusivamente político. Curtis soube dividir a crítica política e social com o romance, tornando o desenrolar da história de Lawrence e Gina interessante de acompanhar, trazendo boas cenas e questionamentos sobre a sociedade e o comportamento humano.
(Não achei trailer, mas segue a primeira parte do filme a quem interessar)


Elenco: Bill Nighy, Kelly Macdonald, Anton Lesser, Ken Scott, Paul Ritter, Meneka Das
Diretor: David Yates
Gênero: Romance
Ano: 2005

Por: Natália Farkatt
De: Natal-RN
Email: natalia@revistafriday.com.br

Você já curtiu a Revista FRIDAY no Facebook? faça como eles ;)

5 de julho de 2013

Sassy Pants

Todo mundo que foi (ou ainda é) adolescente, sabe que é uma fase complicada. Rebeldia, insatisfação (seja com a vida, com a escola ou até mesmo com os pais que não deixam ir a uma festa) e as paixões fazem parte do cotidiano. Não foi diferente para Bethany, protagonista de "Sassy Pants".
Criados sob os olhares de June, uma mãe excessivamente neurótica, Bethany e seu irmão viveram grande parte de suas vidas de forma diferente de outras crianças e adolescentes, sendo educados em casa e com rígidas regras. Porém, às escondidas, ambos cultivam outros interesses: No caso de Bethany, moda é a sua maior paixão.
Após a conclusão do ensino médio ela se agarra na possibilidade de fugir da asa da sua mãe para poder fazer faculdade de moda, mas não conta com a opção de um um curso universitário on-line imposta por June. A menina também tem uma paixão secreta pelo vizinho, que a leva para a sua primeira festa, mas que não acaba muito bem pois June descobre tudo.
Quando a situação chega a um ponto crítico, Bethany decide fugir para a casa do seu pai, o qual após 12 anos de casamento se assume gay e mora com um rapaz alguns anos mais novo. A partir daí, ela sai em busca da sua realização pessoal.

A princípio, a protagonista, interpretada por Ashley Rickards lembra bastante outra personagem da atriz, Jenna, de Awkward, série de sucesso da MTV. Mas o fato da menina ser "desajustada" socialmente em relação às outras pessoas da sua idade para por aí. O filme foi a estreia de Coley Sohn como roteirista e diretora e, apesar de não ter tido uma fama significativa, fala basicamente sobre crescer e se descobrir como pessoa. Também é uma ótima oportunidade de rever o Haley Joel Osment (sim, aquele menininho de "O Sexto Sentido") atuando novamente.
Elenco:  Haley Joel Osment, Anna Gunn, Ashley Rickards, Diedrich Bader, Jenny O'Hara, Martin Spanjers
Direção: Coley Sohn
Gênero: Drama
Ano: 2012
País: EUA

Por: Natália Farkatt
De: Natal-RN
Email: natalia@revistafriday.br

Você já curtiu a Revista FRIDAY no Facebook? faça como eles ;)

22 de junho de 2013

Anos 80: A década que nos criou

Não é novidade pra ninguém que eu sou uma eterna admiradora da década de 80, sendo assim, resolvi trazer hoje não um filme da década e sim um documentário. "Anos 80: A década que nos criou" foi exibido pelo canal de tv por assinatura "National Geographic Channel", mas tem disponível para download no nosso querido amigo torrent (porém, sem legendas. Aproveita a oportunidade para treinar o inglês!).
O documentário, dividido em seis episódios, abrange temas relacionados à história norte-americana (é importante frisar), indo além das roupas excessivamente coloridas e os cortes de cabelos extravagantes (saudades, mullets!). Os anos 80 estão recheados de de fatos e histórias determinantes para a política, música, cinema, cultura, tecnologia e ciência.
Em meio a Guerra Fria, a divisão da Alemanha pelo muro de Berlim e o Governo de Ronald Reagan, a ficção científica saiu das páginas dos quadrinhos, livros e da televisão, nos trazendo o walkman da Sony, o computador pessoal e o surgimento da Apple e seus maravilhosos produtos. A época também foi essencial para a consolidação de grandes marcas, como a própria Apple, Nike e outros, através da influência da cultura pop.
Também é levado em conta a cultura pop que se formou e disseminou por todo o mundo, formando artistas globais e lembrados até hoje, como Madonna e Michael Jackson, além de trazer a tona diversas séries de televisão que influenciaram o modo de vida de milhares de americanos. É importante ressaltar também os filmes como Rambo, que exalam nacionalismo.
O documentário conta com a participação e depoimento de diversas personalidades como Jane Fonda, Steven Tyler, o co-fundador da Apple, Linda Evans e o estilista Calvin Klein. Tendo como música de abertura "Don't You Forget About Me", do Simple Minds, o documentários ainda trata sobre assuntos como esportes, lifestyle e moda. E se alguém tiver mais interesse, basta acessar o hotsite no site do próprio National Geographic Channel.


Por: Natália Farkatt
De: Natal - RN
Email: natalia@revistafriday.com.br

Você já curtiu a Revista FRIDAY no Facebook? faça como eles ;)

17 de maio de 2013

A Cor Púrpura

Eu juro que não assisto os filmes que foram baseados em livros só pra aguçar a curiosidade de ler a obra original. De verdade. Mas é como se existisse um magnetismo entre este gênero e eu, e além disso, vocês sabem que magnetismo é algo involuntário. Com "A Cor Púrpura" não foi diferente.
Baseado no livro de mesmo nome da americana Alice Walker, a obra foi lançada em 1982 e no ano seguinte ganhou prêmio Pulitzer (prêmio americano concedido a pessoas com trabalhos de excelência nas áreas da literatura, jornalismo e música). Em 1984, foi transformado em filme com a direção de Steven Spielberg e levou 11 indicações ao Oscar de 1985.
A narrativa começa em 1906, no estado da Geórgia, onde vivem Celie e sua irmã mais nova, Nettie. Celie, aos 14 anos, sofria violência sexual por parte do seu pai e já tinha dado a luz a duas crianças, as quais foram vendidas a famílias desconhecidas logo após o parto. Visando o dinheiro, seu pai também vende Celie para um viúvo chamado Albert, que faz dela sua empregada quase escrava, fazendo-a cuidar da casa e atender a todos os seus caprichos, além de maltratá-la física e psicologicamente, diminuindo a sua auto-estima e amor próprio.
Após a irmã sair de casa, Nettie foge dos maus-tratos do pai para viver com Celie, porém, Albert a expulsa, separando as duas irmãs para sempre. Antes de desaparecer, Nettie promete encontrar os filhos de Celie e escrevê-la todos os dias, porém, ao longo dos anos nenhuma notícia é recebida.
No decorrer da história, várias pessoas passam pela vida de Celie, ajudando-a a pensar por si própria e conquistar a sua independência. Uma delas é Shug, uma cantora de Cabaré a qual Albert era apaixonado e Sophia, nora do seu marido. Ambas são o perfeito exemplo de mulheres independes e que não se curvam ao preconceito, às regras da sociedade da época e muito menos aos homens.
O plano de fundo da narrativa é o sul dos Estados Unidos, marcado pelo racismo, machismo, patriarcado, amizade e amor. Com um elenco de peso, o filme foi indicado a diversos prêmios, mas apenas Whoopi Goldberg ganhou um Globo de Ouro como Melhor Atriz Dramática.

Elenco: Danny Glover, Whoopi Goldberg, Margaret Avery, Oprah Winfrey, Willard E. Pugh, Akosua Busia, Desreta Jackson, Adolph Caesar, Rae Dawn Chong, Dana Ivey
Diretor: Steven Spielberg
Duração: 154 min
Gênero: Drama
Ano: 1985

Por: Natália Farkatt
De: Natal - RN
Email: natalia@revistafriday.com.br

Você já curtiu a Revista FRIDAY no Facebook? faça como eles ;)

29 de março de 2013

Um Grande Garoto

Se alguém aqui assistir o trailer de "Um Grande Garoto", vai automaticamente esperar que seja apenas sobre o mesmo de sempre: Hugh Grant fazendo o papel de um solteirão. Talvez até seja, mas não se limita somente a mais um dos vários-mesmos-papéis-do-Hugh-Grant.
O personagem de Grant se chama Will Freeman, um solteirão na faixa dos 30 anos que tem como única fonte de renda os direitos autorais de uma música natalina composta pelo seu pai. Metido a galã, resolve ter um filho de mentira para se passar por pai solteiro e assim ter a oportunidade de conhecer mães solteiras.
É a partir daí que Will conhece Marcus (Nicholas Hoult, de Skins), um garoto de 13 anos criado em um ambiente totalmente oposto do seu. Uma mãe com tendências suicidas, que dá uma educação meio riponga e tenta fazer do menino um exemplo de atitude, além de sofrer na mão dos colegas da escola por ser considerado um garoto estranho são algumas das coisas que fazem parte do cotidiano de Marcus.
Os "grandes garotos" se conhecem após o relacionamento de Will com uma mãe de um grupo que ajuda a pais solteiros (o qual a mãe de Marcus fazia parte) e começam uma relação de amizade (apesar do menino ajudar Freeman a se relacionar com mães solteiras), onde um aprende com o outro, apesar do personagem de Hoult ser o mais maduro dentre as duas partes. 
"Um grande garoto" é baseado no livro homônimo de Nick Hornby que possui personagens com diversas profundidades emocionais e por abordar assuntos tais como o isolamento como meio de vida, o amor (ou a falta dele), a amizade e a reavaliação dos conceitos de vida com um toque de comédia, provando assim que crescimento espiritual e pessoal não tem idade. 
Ah, e prepare-se para passar uma semana cantarolando "Killing me softly" por aí. Bom filme! 

Elenco: Hugh Grant, Toni Collette, Rachel Weisz, Nicholas Hoult, Isabel Brook, Natalia Tena.
Diretor: Chris Weitz, Paul Weitz.
Gênero: Drama/comédia
Duração: 101 min.
Ano: 2002

Por: Natália Farkatt
De: Natal-RN
Email: natalia@revistafriday.com.br

Você já curtiu a Revista FRIDAY no Facebook? faça como eles ;)