Quando alguém fala as palavras "Irã" e "Oriente Médio", automaticamente pensamos em guerras, milhares de inocentes mortos, mulheres de burca no meio da rua, submissão, etc., etc., etc., ad infinitum baseado apenas no que vemos nas grandes mídias. Mas em 2002, Marjane Satrapi, cidadã iraniana, lançou uma série de quadrinhos retratando a mudança sofrida no governo do seu país durante a sua infância e adolescência. O sucesso foi tão grande que em 2007 a sua história foi animada e levada aos cinemas.
Com uma narrativa em flashback, somos apresentados a uma Marjane ainda criança, que viveu no meio da transição social do Irã, com a população nas ruas exigindo a renúncia do ditador Xá Reza Pahlavi. Filha de pais intelectuais de esquerda, aos poucos ela começa a entender as atrocidades cometidas pelo atual governante e vê o país virar pelo avesso, se fechar cada vez mais para o resto do mundo e restringindo as liberdades individuais.
Seus pais começam a perder amigos que desaparecem em circunstâncias misteriosas, vizinhos e parentes fogem para outros países enquanto as fronteiras ainda não estão fechadas e um dos tios preferidos da pequena Marji é assassinado na prisão. Em 1980, com a guerra do Iraque, os meninos são incentivados a entrar no exército e as meninas a se cobrirem dos pés à cabeça. Qualquer produto vindo do ocidente era ilegal e quem comprasse maquiagem, CD's e camisetas de bandas de rock era severamente censurado.
Sempre muito observadora e questionadora, Marjane começa a pincelar os acontecimentos para se descobrir como pessoa e como mulher. Com a repressão cada vez mais dura no Irã, seus pais decidem que ela pode ter uma melhor formação moral e educacional morando na Áustria, o que se prova o contrário, com a adolescente tendo que esconder a sua verdadeira origem por medo do preconceito e do julgamento que as pessoas fariam dela.
Após alguns anos, ela retorna ao seu país para fazer faculdade e encontra diversas dificuldades com as quais estava desacostumada: A restrição da autonomia da mulher e uma sociedade subjulgada a leis e governantes tiranos, pois, apesar dos pré- julgamentos que sofreu na Europa, ainda assim ela gozava da liberdade de namorar quem quisesse, ser questionadora e ir aonde quisesse sem que fosse severamente interrogada.
Diferente de outros filmes do gênero, Persepolis é uma animação não voltada para o público infantil. Ela mostra as consequencias da guerra e aborda temas como infidelidade, preconceito, depressão e divórcio. Ao mesmo tempo que traz à tona as atrocidades que a humanidade comete contra ela mesma, mas ainda assim o faz de forma carismática e em alguns momentos, bem-humorada.
Elenco: Catherine Deneuve, Chiara Mastroianni, Danielle Darrieux, Gabrielle Lopes Benites, Simon Abkarian
Direção: Marjane Satrapi, Vincent Paronnaud
Gênero: Animação
Duração: 95 min.
Ano: 2007
Com uma narrativa em flashback, somos apresentados a uma Marjane ainda criança, que viveu no meio da transição social do Irã, com a população nas ruas exigindo a renúncia do ditador Xá Reza Pahlavi. Filha de pais intelectuais de esquerda, aos poucos ela começa a entender as atrocidades cometidas pelo atual governante e vê o país virar pelo avesso, se fechar cada vez mais para o resto do mundo e restringindo as liberdades individuais.
Seus pais começam a perder amigos que desaparecem em circunstâncias misteriosas, vizinhos e parentes fogem para outros países enquanto as fronteiras ainda não estão fechadas e um dos tios preferidos da pequena Marji é assassinado na prisão. Em 1980, com a guerra do Iraque, os meninos são incentivados a entrar no exército e as meninas a se cobrirem dos pés à cabeça. Qualquer produto vindo do ocidente era ilegal e quem comprasse maquiagem, CD's e camisetas de bandas de rock era severamente censurado.
Sempre muito observadora e questionadora, Marjane começa a pincelar os acontecimentos para se descobrir como pessoa e como mulher. Com a repressão cada vez mais dura no Irã, seus pais decidem que ela pode ter uma melhor formação moral e educacional morando na Áustria, o que se prova o contrário, com a adolescente tendo que esconder a sua verdadeira origem por medo do preconceito e do julgamento que as pessoas fariam dela.
Após alguns anos, ela retorna ao seu país para fazer faculdade e encontra diversas dificuldades com as quais estava desacostumada: A restrição da autonomia da mulher e uma sociedade subjulgada a leis e governantes tiranos, pois, apesar dos pré- julgamentos que sofreu na Europa, ainda assim ela gozava da liberdade de namorar quem quisesse, ser questionadora e ir aonde quisesse sem que fosse severamente interrogada.
Diferente de outros filmes do gênero, Persepolis é uma animação não voltada para o público infantil. Ela mostra as consequencias da guerra e aborda temas como infidelidade, preconceito, depressão e divórcio. Ao mesmo tempo que traz à tona as atrocidades que a humanidade comete contra ela mesma, mas ainda assim o faz de forma carismática e em alguns momentos, bem-humorada.
PS: O trailer está em inglês, mas recomendo a vocês a assistirem com a dublagem original, em francês. ;)
Direção: Marjane Satrapi, Vincent Paronnaud
Gênero: Animação
Duração: 95 min.
Ano: 2007
Por: Natália Farkatt
De: Natal - RN
Email: natalia@revistafriday.com.br