“Comecei junto com o Teco e o Renan, outro amigo. A gente montou a banda pra passar o tempo, não foi um projeto sério na época, não foi muito pensado”. O Candinho me disse isso numa “mini entrevista” e eu já pensei numa coisa do tipo “quem diria”, né? Para mim é difícil falar profissionalmente de algo que tenho como inspiração. Acho eu que não haveria banda melhor para falarmos na nossa real estréia. Escolhi o Rancore por alguns motivos: pelo som, pelos fãs e pela humildade que os caras passam para quem os conhecem. Além, é claro, de gostar demais. Desculpem, mas não tem como eu não dizer isso!
O Gulão entrou na banda um tempo depois do lançamento do Liberta e me disse que na época em que entrou, a banda estava começando a criar uma base de fãs mais consistente e que isso foi aumentando com o tempo. Hoje, o Rancore tem um fã clube completamente fiel. Ao conhecer (e fazer parte), você vê que o negócio é sério mesmo, tanto que boa parte da galera marca essa fissura na pele! E nessa levada de fãs, percebe-se que não só eles como a própria banda procuram sempre manter uma relação de amizade uns com os outros. No final a vantagem de ser “brother” é dos dois: tanto dos fãs por se manterem sempre perto deles de uma maneira que não é chata e muito menos por conta de tietagem, como para o Rancore que quando precisa de algum fortalecimento, de positividade para os shows, são os fãs que estão lá, pulando, gritando e sempre fortalecendo. Gulão completou ainda: “Estamos sempre tentado fazer um som que agrade a nós mesmos, tentando tocar para o máximo de pessoas que conseguimos e corrigir o que percebemos de errado no dia-a-dia”. E quem acompanha sabe que é verdade. Sempre que algo dá errado no show, que alguma set list não tenha agradado, a galera fala sem medo e a mudança de um show para o outro é perceptível, mas claro, sem perder a verdadeira essência do Rancore.
Para vocês terem ideia de como o som deles consegue mexer com as pessoas, o Ale me contou como ele entrou na banda. Disse que foi de uma forma um tanto quanto forçada no meio de um churrasco. Então, começaram a insistir para que ele ajudasse na gravação do “Yoga” e ele acabou aceitando. “No meio das gravações do ‘Yoga’, algo no Rancore me fisgou de jeito, senti uma energia forte, uma vibe totalmente sincera e voltada para a música. Em pouco tempo o Rancore se tornou o foco principal da minha vida, e é assim até hoje” – disse o baterista. Quem conhece pode concordar que a energia não vem só da parte deles, mas sim dos amigos, principalmente na hora de turnês e gravações.
Apesar da aparição da gravadora, eles ainda contam com uma grande ajuda das amizades. “Sobre a gravadora, foi uma força a mais pra a gente, mais pessoas trabalhando em prol da banda e isso com certeza ajuda bastante. Mas ainda tem uma grande parte das coisas que fazemos por nós mesmos, nós cinco e nosso produtor Fernando Menechelli”, ressaltou Gulão. Há pouco mais de uma semana, rolou a gravação do clipe “SAMBA”, no Carioca Club. A 8K acompanhou desde a expectativa da banda, a reunião, até o dia da gravação. Querendo ou não, vivemos isso junto com os caras. A conclusão de tudo é que é simplesmente incrível ver a quantidade de amigos que se mostram presentes em cada momento! Desde pensar no clipe, na posição das câmeras, na iluminação... Tudo! E durante a gravação, era possível ver cada produtor curtindo o show como se não fosse um trabalho, mas sim uma coisa que estava sendo feita por hobbie. É sem igual ver como a galera está disposta mesmo. Mas o melhor será o resultado, com certeza (aguardem, rs).
Bom, no meio de tanta história, dá pra ver que eles realmente evoluíram e sem perder a essência que o Rancore sempre levou consigo. “A gente sempre fez quase tudo do mesmo jeito, todo mundo fazendo as músicas juntos na hora do ensaio, e depois o Teco, às vezes com ajuda de uns parceiros, fazendo as letras. A proposta foi sempre a mesma: tentar fazer um som que nos agradasse e que tivesse personalidade. O que mudou foram os integrantes. Do começo da banda só tem eu e o Teco” – disse o Candinho. Hoje se vê clipes deles na MTV concorrendo ao TOP 10, no VMB... Os shows são mais requisitados, o crescimento foi muito grande. E ainda assim, a raiz é a mesma. A banda não é moda, não é passageira. Quem gosta, sempre vai gostar, na mídia ou não.
A banda evoluiu e dá gosto e orgulho ver esse crescimento. “Quanto a nossa evolução, ficamos todos muito felizes de ver a banda sempre crescendo. A gente nunca foi uma banda fissurada por fama e sucesso, sempre colocamos o lado musical em primeiro plano e tudo o que está acontecendo, acredito que seja resultado disso” – esclareceu Ale. Lembra quando eu falei de humildade no comecinho do texto? Era isso!
E o Rancore é isso. No fundo a visão é a mesma dos fãs e da banda. O som que agradam eles, nos agradam também. O show que eles sentem prazer em fazer, nós sentimos prazer em estar presente. A música que eles fazem, faz com que a gente pare pra ouvir não só curta, mas reflita também.
Escrevi, escrevi, escrevi e com certeza ainda tem gente aí que não conhece. Para quem quiser ouvir:
E é isso aí! Curtam todo esse jeito livre de ser e vejam que nada que eu disse é mentira. Acho que estreamos da maneira que eu queria. Juro, foi difícil escrever sem tentar levar pro meu lado pessoal, mas acho que consegui um pouquinho, rs. Espero que gostem e até semana que vem!
Por: Mayara Munhós
De: São Bernardo do Campo
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