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29 de outubro de 2013

Não se fazem mais passados como antigamente #22 – Caso de polícia (DOSSIÊ)

                Algumas bandas de rock podem ser comparadas à palitos de fósforo. Vejam só vocês o Rolling Stones, 51 anos e meio queimando. Aerosmith é um fósforo vermelhinho americano, queimando à base de cocaína e narcóticos desde 1969. Teve banda de rock que queimava feito louca mas quando o vocalista morreu ela apagou – a esse caso pode –se falar do Doors, do Queen ou mesmo do Nirvana.
                Agora, convenhamos: nenhum desses “fósforos” queimou tão rápido e tão bem quanto o The Police. Em cinco anos a banda nasce, morreu e deixou uma legião de fãs com o babador no queixo.

*
Em 1978: Stewart, Sting, Andy (Reprodução)

                Deve ter sido dificílimo o ano de 1978. Imagina você o petróleo ainda explodindo de preço. Imagina a ditadura na América Latina toda. Pior de tudo: IMAGINA O PUNK ROCK!  Numa época onde Johnny Rotten e banda sacudiam o mundo com uma variante engraçada de anarquismo (que incluía um empresário capitalista mão-de-ferro, Malcolm McLaren, por trás), numa época onde se tocar músicas gritas e rápidas com dois ou três acordes era a inovação do século, nos subúrbios de Londres pequenas bandas ainda mostravam o poder de uma composição mais bonita.
                Entre elas, uma banda com a formação mais variada possível: o baterista, Stewart Copeland, era um americano filho de um ex-espião da CIA e uma ex-espiã inglesa (daí provavelmente o nome da banda).  O guitarrista, Andy Summers, oito anos mais velho que todo mundo na banda, já tinha tocado algum tempo com Eric Burdon &The Animals. E o baixista, um loiro de apelido Sting, era filho de um leiteiro e uma cabeleireira. A cara da banda de garagem – e a alma também, já que o primeiro single da banda nasceu com um orçamento de 150 libras.









Gravadora: A&M Records

Lançamento: 2 de novembro de 1978

Nota: 9,5 / 10




                Após assinar um contrato com a gravadora A&M e se livrar do guitarrista Henry Padovani, a banda seguiu para um pequeno estúdio nos arredoes de Londres e concebeu o primeiro álbum, o Outlandos D’Amour. As canções são cruas, com muito pouco tratamento – marca das novas bandas de rock da época- mas extremamente variadas. Há o rock descompromissado da elegante abertura Next to You; ou o reggae de Can’t Stand Losing You e da final So Lonely.  O álbum não fez  sucesso na época do lançamento (meses depois ele engararia nas paradas americana e britânica), mas o que seria do rock sem o toque de veludo de Roxanne, que questiona um tema tão pesado numa melodia tão mas tão mas tãããããããããããão linda?






Gravadora: A&M Records


Lançamento: 5 de outubro de 1979
Nota: 8,5 / 10




                A banda seguiu a carreira baseada em uma fusão de pop, rock e reggae. E também seguiu com a tradição de nomes difíceis nos álbuns. O segundo, ironicamente cunhado Regatta de Blanc (ou “reggae de branco”, como eles eram chamados), tem uma produção melhor, uma direção melhor. A banda perde o medo que normalmente existe na produção do primeiro álbum e busca umas texturas aqui e ali, alguma coisa mais caprichada. E, pela primeira vez, a banda do loiro dos baixos alcançou o primeiro lugar nas paradas.
O punk definhava pelos cantos, dando espaço aos novos ritmos mais soturnos como o gótico e o pop da Joy Division (a.k.a. “melhor banda de tumblr rock”). E, estranhamente, o rock voltava a tomar um rumo ascendente – Bruce Springsteen virava o chefe na América e o Queen se consolidava na Europa. E o Police, transitando entre esses dois continentes, com uma canção sobre solidão, sobre alguém ler sua história – enfim, sobre uma mensagem na garrafa. O sucesso foi imediato na Inglaterra (número 1) e Austrália. Outra canção de destaque no álbum é a mezzo britânica mezzo jamaicana “Walking on the Moon”.






Gravadora: A&M Records

Lançamento: 3 de outubro de 1980
Nota: 9 / 10



O terceiro filho, Zenyattà Mondatta, é o último a vir com nomes sem sentido. Mas a qualidade musical colocou o Police entre as maiores do seu tempo –e a deixa lá até hoje.  O som começa a ter mais cara de rock e menos do ritmo jamaicano que permeava os primeiros trabalhos. Ícones musicais dos anos 80 como Don’t Stand So Close To Me (cujo refrão viraria a introdução de outro hino dos anos 80, Money for Nothing, dos Dire Straits) e a chiclete De Do DoDo, De Da Da Da tornaram o Zenyattà um sucesso de crítica e venda (2x platina nos EUA), quando as canções de rock tendiama ser mais curtas, de tiro rápido, sem os solos e jams de bandas dos anos 70 (Nesse mesmo ano, o Yes se afundava numa crise existencial com um álbum, de nome Drama, que parecia vir do passado. E a faixa de abertura tinha dez minutos e meio. O álbum seguinte, já com a cara dos anos 80, estourou em vendas graças a músicas com riffs chicletes como essa).
E o fósforo continua a queimar. Forte, com uma chama altíssima.

Então a banda vai para o quarto trabalho em quarto anos. Entre produção, lançamento e turnês, deve ter havido pouquíssimo tempo de férias. Se você já se cansa de encontrar alguns companheiros de trabalho de segunda a sexta, imagina competir em egos – e alguns beijos de fãs – com dois amigos seus por anos a fio? Óbvio, essa bomba ia estourar – mas não agora.






Gravadora: A&M Records
Lançamento: 2 de outubro de 1981
Nota: 7 / 10





Lançando o quarto álbum no aniversário de três ano do primeiro, agora o The Police era uma banda completamente dentro dos anos 80. Tanto que a capa do Ghost in the Machine era um exemplo máximo da tecnologia da época: três displays de números com uma breve caricatura dos membros da banda – Sting é o do meio, com o cabelo espetado. Pela primeira vez a banda usa o sintetizador de maneira mais pesada, rompendo os laços com o reggae quase definitivamente.
O que não significa que seja ruim. O grande single do álbum, Every Little thing she does is magic, é bastante ritmada, com um grande desempenho de Stewart Copeland e, devido ao uso demasiado de tecladinhos, quase não se ouve a guitarra de Andy Summers. Por isso que Ghost foi o primeiro álbum a contar com os constantes desentendimentos entre o trio.
Mesmo assim, como um fósforo desses persistentes, eles seguiram. O ano de 1982 foi o primeiro a não contar com álbuns da banda, mas em 1983 a banda chegou com uma caixa com tantos sucessos que pagava 1982 com juros. Parecia que, novamente, Sting, Copeland e Summers entraram em sincronia novamente.







Gravadora: A&M Records
Lançamento: 1º de junho de 1983
Nota: 9 / 10




Usando o teclado como um quarto membro da banda, o grupo voou em novas texturas, ritmos mais acelerados e letras –ainda- mais voltadas pra rádios. Synchronicity era tão meloso que todos nós até hoje não tiramos da cabeça a letra de Every Breath You Take, primeiro single do disco. Se você, como eu, é um stalker, pode até se identificar com a letra.
Outro elemento que dá uma graça extra ao disco é o xilofone tocado por Copeland. Canções como a clássica King of Pain e a faixa-título, dividida em duas partes, geraram clipes, três Grammy e um mar de dinheiro tão grande que não parou de jorrar até hoje.
Mas, durante a turnê, a ferida causada pelos desentendimentos entre os três não sarava. E crescia, inflamava. E chegou ao ponto crítico: após o show de encerramento da turnê do último trabalho, em março de 1984, a banda se dissolveu por um tempo, buscando projetos solos. Depois do concerto final em Melbourne, Austrália, eles nunca mais entrariam em um estúdio novamente.


*

A banda rachou-se e cada um foi pro seu lado, cada um fazendo sua carreira solo decolar. Sting foi aturar em filmes e seguir cantando musiquinhas melosas –  (If you love somebody) Set Them Free é uma delas; Copeland gravou trilhas sonoras para filmes e inclusive chegou a lançar trabalhos com nomes falsos. Andy Summers gravou o estranhíssimo I Advanced Masked com outra lenda da guitarra: Robert Fripp, líder dos King Crimson.


*

Em 2008, na mesma ordem da primeira foto (Reprodução)

E assim o fósforo se apagou. Em 5 anos, queimou como poucos. As tentativas de reunião foram aos montes: em 1986 eles se juntaram para um show da Anistia Internacional e inclusive tentando gravar algumas músicas novas. Mas o baterista sofreu um acidente jogando polo e o máximo que conseguiram foi regravar a canção Don’t Stand so Close to Me, do Zenyattà. Em 2003 a banda foi indicada ao Hall da Fama do Rock and Roll, e tocou apenas três músicas (aqui a sexy versão de Roxanne). Em 2007 a surpresa: a banda resolve sair em turnê – inclusive num histórico show pra mais de 75 mil pessoas no Maracanã.
Aí todos os fãs deram os braços, fecharam os olhos e falara: Agora vai.
Mas depois do fim da turnê, num show em Nova York numa quinta-feira de Agosto de 2008, Stewart Copeland foi seco: a banda nunca mais subirá aos palcos novamente.1
            Mas, pelos 5 anos de carreira, 25 anos de legado e pelos cinco minutos dessa música que nunca vai sair de nossas cabeças, talvez tenha valido a pena. Muito.





Por: Guilherme Mendes
De: Carapicuíba - SP
Email:g.lazaro@outlook.com

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5 de setembro de 2012

ONZE:20



É da expressão RootsRockReggae que Onze:20 aposta no seu sucesso. E essa super aposta tem dado certo! Formada pelos “comem quietos” Vitin (vocal), Marlos (baixo), Lulu (guitarra), Fábio (bateria), Athos (teclados) e Chris (guitarra), a banda Onze:20 aposta em algo que muitas outras bandas às vezes esquecem: a união. 

O nome já mostra, já que tem super a ver com uma antiga banda do irmão do vocalista, que diz “Temos vários motivos para o nome, mas o princípio da história é que a antiga banda do meu irmão queria fazer um clipe que no fundo teria um relógio marcando uma hora fixa.


Eles não sabiam que hora marcar e fomos ajudando e decidimos 11:20. O clipe deles nem saiu, a banda acabou, mas esse numero nos perseguiu em vários lugares. Ai para decidir o nome, não tivemos como fugir”.

Os meninos saíram de Minas Gerais e decidiram arriscar aqui, em São Paulo. Hoje em dia estão fazendo o maior sucesso em diversas rádios e o mais legal: moram todos juntos em um apê. Para o Vitin, essa história de morar junto, ao contrario do que pensam, ajuda muito mais a manter toda essa essência que é a Onze:20. 

“É a nossa convivência, nossa amizade! Moramos em oito pessoas num apartamento de três quartos. Dividimos tudo, e nessa divisão vem as idéias e vivencias que são passadas em nossas musicas. Somos sinceros com a gente, isso influencia no som que é sincero com o público” – diz o vocal. 


Mas nem tudo foi tão fácil! “Quando mudamos para Sampa foi muito difícil, foi um divisor de águas, a partir do momento em que começamos a morar juntos tudo mudou. Éramos oito pessoas diferentes em um espacinho dividindo nossos sonhos, vidas e buscas, cada um veio da sua casa com a sua mania... foi uma loucura e ainda é! Mas hoje somos uma unidade muito forte”.



A ideia dos caras de mudarem pra São Paulo foi para buscar novas oportunidades. Foi difícil no começo, como dizem ainda ser, mas com muita luta e enfrentando diversos desafios, eles conseguiram reverter a situação e fazer com que seus problemas se tornassem a solução para eles.

E se liguem que as oportunidades paulistas não foram poucas não! Além de clipes, músicas, shows, rádios, eventos... Eles já tiveram a honra de ver o skatista Bob Burnquist subir ao palco e dançar ao som da musica deles. Mas não é para menos, viu? Quem já conhece e quem ouve seu som sabe do que eu to falando. Ouvir e dançar nesse caso andam lado a lado, é realmente envolvente. 

E o Vitin fala disso com muito orgulho: “Acho que essa é a melhor parte do nosso trabalho. Fazemos o que fazemos e passamos o que passamos para quando vocês ouvirem nossas músicas poderem dançar felizes, seja com alguém do lado ou sozinhos. O Onze:20 é isso. Alegria, festa... Não tem frescura com a gente. 

O importante é fazer a galera dançar, cantar e sorrir. Esse feedback da galera é sinal que a mensagem está chegando ai com a mesma intenção que ela sai daqui”. Isso que é humildade! Não há nada como ouvir uma música que você sabe que é feita com muito amor.

Agora Onze:20 só tem a crescer. Teve um imenso “boom” na mídia e isso é incrível quando se trata de pessoas que você realmente percebe que correram atrás não só daquilo que querem mas do que amam. 

“Estamos trabalhando para expandir cada vez mais nosso trabalho. Estamos muito felizes de conseguir levar nosso trabalho a um numero maior de pessoas através das rádios. É um sinal de que nosso trabalho ta tomando uma direção legal. O que nos move é ter um desafio a cada dia, nosso objetivo é estar cada vez mais perto do público” – diz Vitin – “Essa é a essência do Onze:20. Nosso apoio um no outro e a busca eterna. Estamos sempre nos desafiando em todos os aspectos. Acho isso positivo”. E com certeza é muito positivo.

Hoje eles estão bombando com o sucesso “Meu Lugar”, que é a música dançante que eu falei, rs. E prometem bombar com muito mais!

Para quem não conhece, aconselho conhecer. E para quem já conhece, com certeza vai concordar com tudo o que eu disse e ainda ter muito mais a dizer. Boa sorte meninos e sucesso!

CONHEÇA ONZE:20


Por: Mayara Munhós
De: São Bernardo do Campo - SP
Email: may.munhos@gmail.com // 8kproducoes@gmail.com

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