#05: Visibilidade Trans

Confira na capa do mês de fevereiro da Revista Friday, uma entrevista sobre os desafios de uma pessoa trans, com a ativista LGBT Rebecka de França.

INTERNET: Mudanças, tecnologia e Google+

Confira algumas mudanças que o google+ realizou para agradar os usuários.

Conexão Canadá: Vancity- The Journey begins

Camila Trama nos conta um pouco de seu intercâmbio em alguns lugares do Canadá.

CINEMA: Sassy Pants

Rebeldia, insatisfação e as paixões fazem parte do cotidiano de todos os adolescentes, confira a resenha do filme Sassy Pants.

VITRINE: O universo feminino de Isadora Almeida

Inspirada por ilustrações de moda, estamparia e coisas que vê por aí, conheça o trabalho da ilustradora mineira Isadora Almeida.

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12 de janeiro de 2014

Ano novo, vida nova!


Terminei o ano devendo a você, leitor, uma receita de peru. Vou continuar devendo - a bem da verdade, eu nunca deveria ter prometido. É um segredo de família que foi passado pra mim sob juramento. Pra não ficar tão chato, vou dar uma dica que faz qualquer assado mais gostoso: regar de tempos em tempos. Não economizar na gordura também ajuda, e um bacon pode fazer milagres. Enfim, esse ano não quero dever nada pra ninguém (e assim começam as promessas e resoluções que não vou cumprir em 2014). Quero entrar com o pé direito, falando de um assunto bom, numa conversa daquelas que a gente fala, fala, não chega a conclusão alguma e tá tudo certo. 

Se você acha que estou descrevendo um papo de mesa de bar, acertou. 

Estou de mini-férias no Rio de Janeiro, e é daqui que lhes escrevo, enquanto tomo uma cerveja em combate ao calor (ou seria apenas resignação?). Olhando para a Baía de Guanabara, emoldurada pela Ponte Rio-Niterói, sento na mureta do Bar Urca para ver o pôr-do-sol. Brindo minha própria sorte. 

Foram uns vinte minutos de fila para garantir a bebida, e em menos da metade do tempo a garrafa já estava vazia. Para acompanhar, empadinha de camarão e bolinho de bacalhau. Tem como pedir mais? Ah, me vê um caldinho de frutos do mar que disseram que é bom. De onde estou consigo ver uma garça, que paciente e sorrateira fisga um peixinho e garante o jantar. 

Que tarde linda! E que dia quente. Bom mesmo pra isso: encontrar os amigos, espantar os pensamentos ruins, aplacar a sede e esquecer a pressa. Correr pra que, se nada é pra já? Os dias aqui passam feito canções do Vinicius, e eu, como encantada, quero ir de mesa em mesa provando tudo. 

Descobri que em 2012 a prefeitura transformou 14 bares tradicionais em patrimônio cultural da cidade. Eles, segundo decreto assinado por Eduardo Paes, traduzem o "espírito" carioca de comemorar, reunir e festejar. 

Um eu já conheci - será que em mais dois dias consigo ver tudo? Torçam por mim! E pra quem ficou curioso segue a lista:


1. Adega da Velha (década de 60) - Rua Paulo Barreto, 25 - Lojas A e B - Botafogo;

2. Adega Pérola (1957) - Rua Siqueira Campos, 138 - Loja A - Copacabana;
3. Armazém Cardosão - Rua Cardoso Junior, 312 - Laranjeiras;
4. Bar Adônis (1952) - Rua São Luiz Gonzaga, 2156 - Loja A - Benfica;
5. Bar Bip-bip (1968) - Rua Almirante Gonçalves, 50 - Loja D - Copacabana;
6. Bar e Restaurante Cervantes (1955/65) - Rua Prado Junior, 335 - Loja B - Copacabana;
7. Café e Bar Brotinho (Bar da Dona Maria) (década de 50) - Rua Garibaldi, 13 - Tijuca;
8. Café e Bar Lisbela (Bar da Amendoeira) (década de 50) - Rua Conde de Azambuja, 881 - Maria da Graça;
9. Café e Bar Pavão Azul (1957) - Rua Hilário de Gouveia, 71 - Loja X - Copacabana;
10. Casa da Cachaça (1960) - Avenida Mem de Sá, 110 - Lapa;
11. Casa Villarino (1953) - Avenida Calógeras, 6 - Loja B - Centro;
12. Restaurante Salete (1957) - Rua Afonso Pena, 189 - Loja X - Tijuca;
13. Bar e Restaurante Jobi (1956) - Avenida Ataulfo de Paiva, 1166 - Leblon;
14. Bar e Restaurante Urca (1939) - Rua Candido Gaffrée, 205 - Urca.

E aí, conhecem algum deles? 

Cariocas, quais outros vocês recomendam?

Por: Bianca Chaer
De: São Paulo - SP
Email: bianca.chaer@gmail.com

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20 de novembro de 2013

Mãe, tô lendo: dicas para iniciantes

Qual a sua pior lembrança quando o assunto é livro? A minha, sem dúvida, é àquela de um professor me obrigando a ler um livro de literatura brasileira que, lá por volta dos meus 14 anos, eu achava "chato" e com uma linguagem super difícil de compreender, além de ter poucas (nenhuma) ilustrações. E é exatamente nesse ponto que eu quero chegar: qual será o motivo para que muitos brasileiros não gostem de ler? Alguns podem me dizer que é porque o livro no Brasil, comparado a outros países, ainda é muito caro. Opa! E as bibliotecas que estão espalhadas país afora? - É verdade que somos deficitários nesse quesito, mas, com boa vontade, um leitor assíduo nunca fica sem um bom livro em mãos.

Outros podem dizer que o governo investe pouco na cultura do país - o que também e verdade. Mas será que o principal motivo para que poucos brasileiros gostem de ler não é o simples fato de que, desde pequenos, fomos apresentados a literatura como uma coisa ligada intimamente a obrigação e que nos coloca em status diferenciado perante a sociedade? Será que essas pessoas que não gostam muito de ler não são um produto dessa sociedade que diz que ler é obrigatório independente de você gostar do livro ou não?

Pode perguntar para um amigo ou até mesmo aquele seu parente que não é muito chegado em livros, por que ele não gosta de ler? Uns dirão que é por falta de tempo e, com certeza, a maioria vai comparar o ato de ler não como uma coisa prazerosa, mas como uma tarefa chata e entediante. Será por quê?


Como eu sou uma pessoa que ama ler e adoro ver meus amigos lendo também, porque sim, a literatura e essencial em nossas vidas e nos tornam melhores ouvintes, comunicadores e entendedores. Vou dar algumas dicas para você que ainda não tem uma relação muito próxima com os livros se tornar melhor amigo deles. As dicas são simples e baseadas na minha própria experiência com os livros. Só a prática leva a perfeição. Vamos às dicas.


1 - Comece lendo o que você gosta. Não se importe com o que as pessoas acham do livro, autor, gênero, etc:




Acho que essa dica é a mais importante de todas. Você só terá prazer na leitura se ler o que gosta. Muitas pessoas deixam de ler o que gostam porque os "super leitores" criticam o autor ou o livro. Independente do que as pessoas acham sobre o que você está lendo, leia! Eu mesmo já deixei de ler, por um tempo, os livros do Paulo Coelho porque algumas pessoas diziam que a literatura dele não é boa, blá, blá, blá... Hoje leio sem medo de ser feliz, pois, como diz o ditado “mais vale um livro lido do que um na prateleira" acho que é isso, haha. Com o tempo você vai ter maturidade literária suficiente para escolher, sozinho, livros com linguagem mais rebuscada. O segredo é praticar.


2 - Leia quando estiver realmente com vontade:




Uma leitura feita sem foco total no livro não vai ser proveitosa. Você irá gastar tempo e no final não terá absorvido nada de bom da leitura. Leia quando estiver disposto a isso, totalmente entregue. Algumas pessoas podem dizer "e os livros que somos obrigados a ler na escola ou faculdade?" Se você já deu uma olhada neles e achou que a maneira que o autor tratou o assunto não é tão interessante, converse com o professor e dê sugestões de outras obras que tratem do tema proposto. Sugerir mudanças nunca será um problema, desde que seja para melhor.


3 - Leia resenhas e blogs literários:


Imagem: Bloguinfo


Se você começou pela primeira dica e, mesmo assim, não conseguiu encontrar ou identificar qual o tipo de literatura que mais te atraí, recorra às resenhas e blogs literários. Geralmente eles te dão uma visão bem pessoal do que é o livro e do que ele trata, assim fica bem mais fácil você encontrar o que gosta. Além dos blogs te darem a possibilidade de conversar com vários apaixonados por leitura e trocar dicas sobre o assunto. 


4 - Vá à biblioteca:


Imagem: Fabi Mariano 


O santuário sagrado dos livros. Ir a uma biblioteca também é uma ótima dica para começar sua busca pelo gênero literário perfeito. Elas te dão várias possibilidades e será muito difícil você sair de uma sem levar consigo um bom livro em mãos. Há, não fique com receio de pedir ajuda para as bibliotecárias (sim, aquelas senhoras de óculos e faces sempre sérias), elas amam ouvir uma pessoa chegar e perguntar "você poderia me indicar um livro?" Vão logo abrir aquele sorriso e prontamente te ajudar a encontrar um livro que será perfeito para você. 


5 - Converse com pessoas que gostam de ler:




Você encontrará várias opiniões, visões e críticas ao universo da literatura. Isso é fundamental para ajudar a construir o leitor que você será. Só nos tornamos bons em algo quando nos cercamos disso.


6 - Converse com um escritor:


Imagem: Eu, Cinema 


Já tive várias oportunidades de conversar com escritores de livros que gosto. Eles de dão uma visão mágica de como foi escrita a obra, quais as inspirações usadas para escrever e qual é a importância da literatura em suas vidas. Com certeza você ficará maravilhado com os livros depois dessa conversa.


7 - Leia!:




Sim, leia. Além de todos os benefícios que a leitura nos proporciona, quando pegamos gosto pela coisa percebemos que os livros que queremos ler são muitos e o tempo para isso é pouco. Por isso, comece agora mesmo.


E aí, o que acharam das dicas? Faltou alguma? Quais dicas vocês utilizaram/utilizam para se tornar um bom leitor?



Por: Leonardo Souza 
De: Porto Velho - RO
Email: leonardsouza_ss@hotmail.com

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12 de agosto de 2013

Hortas urbanas: Belos exemplos que vem de São Paulo


Em meio ao caos urbano vivido pelas grandes metrópoles, sobretudo na cidade de São Paulo, pessoas tem feito a diferença para garantir uma alimentação mais saudável, aproveitando de áreas públicas e terrenos privados. São as hortas urbanas ou hortas comunitárias que cada vez mais tem mudado o cenário cinzento da capital paulista.

Criada na maioria das vezes de grupos pela internet e/ou apoiado por ONGs a iniciativa tem se mostrado muito eficaz. Na cidade de São Paulo, terrenos abandonados, praças e até terraços são utilizados como hortas comunitárias.

Uma das hortas mais bem organizadas é a horta das Corujas, que ocupa uma área de cerca de 800m² da Praça Dolores Ibarrui, na Vila Beatriz. Cercada por árvores e ficando de certa forma isolada da urbanização, a horta é um exemplo de cooperação. Nela, há regras de plantio, mas tudo é livre, pode-se plantar o que for de agrado e qualquer pessoa, independentemente de ter colaborado com o cultivo, pode fazer a colheita, desde que o que se procura esteja maduro, sem limites de quantidade.

Horta das Corujas, que ocupa uma área de cerca de 800m² da Praça Dolores Ibarrui. 
A horta BNH, na Vila Madalena, funciona de forma oposta ao exemplo acima, pois a área para plantio fica a poucos metros do asfalto em uma região de grande movimento, o cultivo é feito de forma espalhada, tendo vários pontos diferente de plantio. Não há proteção de grades ou cercados, o que acaba permitindo que animais possam circular pelo terreno. Isto também acontece com a horta da Nascente, na Pompeia, e a horta do Ciclista, na Praça do Ciclista.

Horta do Ciclista na Avenida Paulista em SP.
Horta na Vila Pompeia.
Com a crescente urbanização torna-se um problema a destinação de terrenos com espaço aberto para hortas urbanas, mas há uma solução, de certa forma bem simples: o telhado. O exemplo também de São Paulo é o Shopping Eldorado, que disponibilizou 1000m² do seu telhado para o plantio de diversas espécies, como alfaces, quiabos, camomila, tomates, entre outros. Para compostagem, são aproveitados 600 kg de resíduos orgânicos oriundos da praça de alimentação e da poda dos jardins do shopping.

Horta no terraço do Shopping Eldorado.
O que é produzido pelas hortas, ainda não possui uma escala para abastecimento da população, tendo mais um cunho ambiental e educacional. Para garantir que a produção alcance escalas produtivas necessárias é preciso do apoio do governo e incentivos como a isenção de impostos em terrenos privativos e a doação de mudas nas estufas municipais, são alguns exemplos. Dois modelos internacionais são referencia para esta questão, é o caso de Havana (Cuba) e São Francisco (EUA).

Em Havana, com o fim da União Soviética, nos anos 90, houve um colapso na distribuição de alimentos, já que vinha de lá a maior parte dos alimentos do país, além dos outros suprimentos agrícolas. Para suprir essa necessidade os moradores, então, ocuparam terraços, terrenos abandonados e pátios para plantarem alimentos como tomates, bananas, feijões, entre outros. O governo ao invés de coibir a prática incentivou, criando inclusive o Departamento de Agricultura Urbana, que treinou agentes municipais para auxiliar na manutenção das hortas e criou pontos de distribuição de sementes e vendas de alimentos.

Hortas urbanas incentivadas pelo governo de Cuba.
Em São Francisco a prefeitura alterou o regulamento municipal de zoneamento, que passou a permitir plantações e cultivos em áreas urbanas. Além disso, os resíduos orgânicos gerados no município são destinados ao sistema de compostagem municipal, criado pelo município, e servem de insumo para as produção nas hortas públicas. 

Horta em terraço, São Francisco (EUA).
As hortas urbanas, sem sombra de dúvidas, se mostram de grande importância e as vantagens não são poucas; elas contribuem com a estabilidade do clima, atenuando ilhas de calor; são fontes de alimentação ainda mais saudáveis, por serem 100% orgânicas, ou seja, sem aditivos e pesticidas químicos; possuem o custo muito baixo para manutenção; impermeabilizam o fraco solo urbano contra chuvas; reduzem a emissão dos gases do efeito estufa, já que não há transporte motorizado do alimento envolvido; contribuem para disposição do resíduo orgânico; alternativa de lazer e terapia; em cima telhados, controlam a temperatura interna de ambientes, evitando custos com ar-condicionado; reduz a poluição visual; serve de local para ensinamento e prática da educação ambiental.

E você, já está pensando em fazer uma horta no terraço do seu prédio ou no cantinho de casa? Aí vão 5 dicas essenciais para quem quer colocar a mão na horta. A ilustração fica por conta do Fernando Braida.

(Clique para ampliar)

Por: Marcel da Silva
De: Blumenau - Santa Catarina
Email: marcel@revistafriday.com.br
Ilustração: Fernando Braida


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