Cerca de 70 anos de burburinhos aqui e ali. Boatos rondaram estas últimas sete décadas sobre o romance de Sigmund Freud e Minna Bernays. Teria mesmo o pai da psicanálise um envolvimento com sua cunhada?
A fonte mais confiável foi Carl Jung, psiquiatra que disse ao mundo que a mocinha lhe contou sobre os encontros amorosos em 1957.
Em 1972, a filha mais nova do mestre, Anna Freud, doou a uma biblioteca dos EUA cartas pessoais do pai que não deveriam ser abertas à exposição pública. Mas as cartas tinham um vazio... Numeradas em ordem cronológica conforme as datas escritas, não existia um registro sequer entre 1885 e 1900, período em que começam a supor que a relação extraconjugal teria acontecido.
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Freud e sua espoca, Martha. Coitada... Cof cof. |
Eis que em 2006, somente há sete anos atrás, um sociólogo alemão e espertinho encontrou um livro de registros de hóspedes em um motel na Suíça. E quem estava lá? Pois bem, Freud e sua amante, em 1898.
De Viena para Londres, a família do psicanalista se mudou em 1938 em uma fuga de ocupação nazista. Um ano depois, Sigmund Freud falece devido a um câncer na garganta. Dizem que com a “morte de seu amor”, Minna Bernays permaneceu isolada em seu quarto e em alguns meses após o ocorrido, morreu devido a uma insuficiência cardíaca...
Assim, “A Amante de Freud” mescla o real e o imaginário de Minna Bernays dividida entre o carinho por sua irmã e a paixão pelo cunhado. As autoras Jennifer Kaufman e Karen Mack reconstroem, juntas, os anos de relacionamento entre Freud e Bernays, mostrando a batalha do estudioso com suas teorias sobre a sexualidade e sua infelicidade no casamento.
A Amante de Freud
Autoras: Jennifer Kaufman e Karen Mack
Editora: Casa da Palavra
Páginas: 336
Preço: R$ 40
Por: Tatiane Gonsales
De: São Paulo - SP
Email: tatiane@revistafriday.com.br
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