#05: Visibilidade Trans

Confira na capa do mês de fevereiro da Revista Friday, uma entrevista sobre os desafios de uma pessoa trans, com a ativista LGBT Rebecka de França.

INTERNET: Mudanças, tecnologia e Google+

Confira algumas mudanças que o google+ realizou para agradar os usuários.

Conexão Canadá: Vancity- The Journey begins

Camila Trama nos conta um pouco de seu intercâmbio em alguns lugares do Canadá.

CINEMA: Sassy Pants

Rebeldia, insatisfação e as paixões fazem parte do cotidiano de todos os adolescentes, confira a resenha do filme Sassy Pants.

VITRINE: O universo feminino de Isadora Almeida

Inspirada por ilustrações de moda, estamparia e coisas que vê por aí, conheça o trabalho da ilustradora mineira Isadora Almeida.

Mostrando postagens com marcador Anos 90. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Anos 90. Mostrar todas as postagens

3 de outubro de 2013

Eu Acho que já Ouvi!#4- Don't Worry be Happy de Bobby McFerrin

A "musica boa" é um termo popularmente usado para expressar a qualidade de um som. Os nossos ouvidos muito tem a agradecer pelo alento. Para ilustrar, dos cinco sentidos a audição é o primeiro a desenvolver-se no feto e o que permite o primeiro contato com o mundo. Contudo, essa sensibilidade pode ser equiparada ao nosso coração. Ao caminhar por ai cantarolamos, criando sons diferentes para imitar instrumentos musicais, assobios e batucadas na mesa de trabalho. Isso é arte! Voilà...
Exemplo os Beat Box que apenas com a vibração vocal reproduzem fielmente sons de instrumentos que vão desde metais a cordas e percussões.
  


Agora dá para imaginar um artista que transforma sua única voz em duetos ou trio?
É possível para Bobby Mc Ferrin, que nasceu no dia 11 de março de 1950 em New York. Esse cantor possui a habilidade de produzir sons rítmicos enquanto inala o ar para fazer os seus vocais em de grande criatividade. É filho de cantores de opera e a sua sina foi seguir esse mesmo caminho trabalhando como instrumentista, simulando diversas sonoridades.
Em 1988, McFerrin teve um grande sucesso com "Don't Worry, Be Happy" e ele ficou sem jeito com seu inesperado" boom" comercial, ganhando até o Grammy por ser um artista intrínseco. 

Essa canção retrata de uma forma simples, que a vida não deve ser encarada tão duramente. Ele aponta em cada estrofe situações do cotidiano que causa aborrecimentos e preocupações. É uma canção amiga que te faz pensar.  A tradução literal do titulo é " Não se preocupe, seja feliz". 
Fiquem agora com o vídeo e letra desse grande sucesso:




Don't Worry Be Happy


Here's a little song I wrote

You might want to sing it note for note

Don't worry, be happy



In every life we have some trouble

But when you worry you make it double

Don't worry, be happy



Don't worry, be happy now

Oo, ooo...



Don't worry, be happy(4x)

Oo, ooo...



Ain't got no place to lay your head

Somebody came and took your bed

Don't worry, be happy



The land-lord say your rent is late

He may have to litigate

Don't worry, be happy



Look at me, I'm happy



Don't worry........ be happy



let me give you my phone number

when you worry, call me I will make you happy



Don't worry...... be happy



Ain't got no cash, ain't got no style

Ain't got no girl to make you smile

Don't worry, be happy



'Cause when you worry your face will frown

And that will bring everybody down

So don't worry, be happy



Don't worry, be happy now

Oo, ooo...



Don't worry, be happy (4X)

Oo, ooo...



Don't worry, don't worry, don't do it, be happy

Let the smile on your face

Don't bring everybody down like this



Don't worry, people will soon pass

what ever it is



Don't worry, be happy



I am not worried, "I am happy"




Não Se Preocupe, Seja Feliz

(Tradução)


Aqui está uma pequena canção que escrevi

Você pode cantá-la nota por nota

Não se preocupe, seja feliz



Em toda vida existem problemas

Mas enquanto se preocupa você os duplica

Não se preocupe, seja feliz



Não se preocupe, seja feliz agora

Oo, ooo...



Não se preocupe, seja feliz

Não se preocupe, seja feliz



Não tem um lugar para deitar a sua cabeça

Alguém levou a sua cama

Não se preocupe,seja feliz



Seu senhorio diz que o aluguel atrasou

Ele terá que questionar em juízo

Não se preocupe, seja feliz



Olhe para mim, Eu sou feliz



Não se preocupe, seja feliz



Deixe me dar o meu telefone

Quando você se preocupar, me telefone eu te farei feliz



Não se preocupe, seja feliz



Não tem dinheiro e nem estilo

Não tem garota para fazê-lo sorrir

Não se preocupe,seja feliz



Porque quando você se preocupa sua face franzi

E isso leva todos para baixo

Então não se preocupe,fique feliz



Não se preocupe,fique feliz agora

Oo, ooo...



Não se preocupe,seja feliz

Oo, ooo...



Não se preocupe, não se preocupe, não faça isso ,seja feliz

Deixe um sorriso na sua face

Não deixe todos pra baixo



Não se preocupe as pessoas passarão logo

Seja o que for



Não se preocupe,seja feliz



Eu não estou preocupado, eu estou feliz
Por: Paloma Saints
De: Matão-SP
Email: p.saintslive@gmail.com

Você já curtiu a Revista FRIDAY no Facebook? faça como eles ;)

3 de setembro de 2013

Não se fazem mais passados como antigamente # 19- O mês dos shows

Senhoras e senhores, ladies and gentlemen, preparem seus cartões de crédito: setembro é, de longe, o mês com a maior quantidade de grandes shows no país em muito, muito tempo. 47 shows internacionais (4 megashows com mais de 10 mil pessoas; 11 grandes shows de 2 a 10 mil pessoas; e 33 shows para até 2 mil pessoas).   Uma constelação de artistas vai passar pelos palcos brasileiros, para os mais variados tipos de ouvidos. Achamos bom vocês irem abrindo as carteiras.

*
Bora pra fila? (Reprodução)


Há uma série de fatores para todo mundo escolher um mês em especial para aportar na terra brasilis, mas o principal deles ocorre na cidade maravilhosa: o Rock in Rio dispõe de grana suficiente para entortar as turnês de grandes bandas mundiais – o Iron está tocando pela Europa, John Mayer passando pelos EUA e o Muse idem. Com a vinda deles para um show no RJ, cresce a chance de que eles toquem em outras cidades brasileiras e sul-americanas. Fora estes, outros já estavam marcados há tempos. Com foco especial aos amigos paulistas, respire fundo e vamos à lista:




The Offspring (skatistas e ex-emos do mundo todo, uni-vos!)
Onde: Credicard Hall
Quando: dia 15 de setembro, às 20h
Quanto: de R$ 90 à R$ 500

Nunca fui fã. Um amigo meu (que ajuda bastante nas pautas aqui) costuma falar que "é o show que, se perguntam onde eu está indo, eu digo que é na padaria e não no show". Se me perguntassem quem eu acho que são fãs da banda, diria que, em sua maioria, são skatistas que nunca levam a sério a canção mais legal deles (Why don’t you get a job?). Mas como eu sou um velho inveterado que entendo pouco o rock dos anos 90, desconsidere. Afinal de contas, vai que é legal né? Uma pena que o Chorão tenha morrido, logo seria o CBJR a banda de abertura.
O que ouvir: quem sou eu pra falar de Offspring? (qualquer coisa vai ser motivo de reclamação, logo...)
 Look: Calça colada, um All Star cheio de quadriculados por uma bic azul e camisetas da banda. A segurança pede para que não levem seus shapes - já que não há pista de skate na plateia.  



Matchbox Twenty (eles voltaram – e eu sofri calado)
Onde: Espaço das Américas
Quando: dia 17, às 19h30
Quanto: de R$ 210 à R$ 320

A gente falou do Rob Thomas no post passado.  Lá ele era um cantor solo, apenas num freela. Aqui ele volta com uma das mais consolidadas e bem-sucedidas bandas dos últimos 20 anos, com o primeiro disco depois de 10 longos invernos parados.
O que ouvir: apenas ouvir o álbum de estreia, Yourself or someone like you, já basta pra começar a gostar da banda.
 Look: qualquer roupa, contanto que tenha algum rasgo proposital. Camisas do Nirvana com aquele emoticon ridículo serão barradas na entrada.


Living Colour (sdds Guitar Hero 3)
Onde: Bourbon Street (em Moema)
                                                                       Quando: dia 17, às 20h
                                                                        Preço: de R$150,00 à R$260,00

Eu lembro de como era difícil - e maneiro - tocar Cult of Personality no Guitar Hero 3. Foram meses de prática para que me arriscasse no nível Expert. E, só depois de muito tempo, fui parar pra ouvir a banda. E  sim, eles são excelentes naquilo que fazem - pelo som metal, sempre suspeitei que fossem brancos - e prometem tocar o álbum de estreia, o aclamado Vivid, de 1988, na íntegra.
O que ouvir: Elvis is Dead, Glamour Boys e o inspiradíssimo The Chair in the doorway, álbum de retorno da banda, lançado em 2009.
 Look: Camisa de flanela, cabelo com dreads pequenos que te façam parecer filhos do Zach de la Rocha, do Rage Against the Machine.




  Bruce Springsteen and the E Street Band (Deus abençoe os cosméticos Ivone I)
Onde: Espaço das Américas
Quando: dia 18, às 21h
Quanto: de R$ 260 à R$ 560

(Fonte: reprodução)
Chame a mamãe que, em 1984, achava ele um tesão! Chame o papai que adorava quando ele colocava um colete jeans e ficava parecendo um cover do Sérgio Mallandro! Diga que o Brasil é uma vergonha cantando Born in the USA.  Bruce  o Roberto Carlos americano  encerra no Brasil uma das mais lucrativas turnês do ano sobre um dos melhores álbuns do ano passado, em shows que raramente duram menos de 3h30.  Springsteen e a sua banda de apoio – a não menos genial E Street Band  também tocam dia 21 no Rock in Rio (ingressos quase esgotados). É, sou suspeito pra falar dele.
O que ouvir: Além da clássica Born in the U.S.A., o destaque é o álbum mais recente, Wrecking Ball.
 Look: Roupas de caminhoneiro, operário ou metalúrgico. Faixa no cabelo e cara de ianque também conta ponto.




John Mayer (Sindicato das Cocotas de SP e "cerveja de hipster" apresentam: John Mayer e banda!)
Onde: Arena Anhembi
Quando: dia 19, às 20h45
Quanto: de R$ 240 à R$ 500

Pega garotas? (Reprodução)




O show favorito das garotas que não curtem música brasileira (taí o evento do show no facebook que não me deixa mentir) vai ser protagonizado pelo guitarrista americano (lembrado por um amigo meu como “o cara que copiava o Clapton”) junto com o cantor de abertura, o legendário e extraordinário e histórica...Philip Philips. Lembra? Aquele que venceu o American Idol. 
O que ouvir: Músicas que ele imita o Clapton (em questão de estilo, quase todas).
 Look: Para os rapazes solteiros, invistam na camisa xadrez e sapatênis - hetero - com calça jeans, aquele creme no cabelo à lá Caio Castro (mesmo que você seja um gordo barbado e do cabelo crespo como eu, o look também ajuda).



Iron Maiden (foto) / Slayer / Ghost B.C. (é pau, é pedra II)
Onde: Arena Anhembi
Quando: dia 20, às 18h
Quanto: de R$ 260 à R$ 450

Pauleira. Isso pode definir, sucintamente, o que deve ser o show com três dos quatro membros do dia do metal no Rock in Rio (o que ficou de fora foi o Avenged, ou seja...). Junto ao sempre presente Iron Maiden (com uma média de um show a cada dois anos em terras tupiniquins), os americanos do Slayer trazem um show aguardadíssimo (mais pelo fato do falecimento do guitarrista Jeff Hanneman do que pelo show em si) e o Ghost vai tentar calar a boca dos fãs da banda principal – os fãs de Iron não aceitam muito bem o caráter mascarado e sombrio que os suecos sem-nome impuseram em seu segundo álbum, Infestissumam.
Em algum momento da vida você já trombou
com essa múmia (Reprodução)
O que ouvir: Iron Maiden tem um monte, mas vai ter pentelho enchendo falando "ah, mas falta x nessa sua lista". Slayer tem a histórica Raining Blood - uma das bases do trash metal - e War Ensemble. Ghost...bem, se você aguentar essa coisa melosa que é o álbum deles, vá em frente.
 Look: Vá à Galeria do Rock e entre na primeira loja. Nela, pegue a primeira camisa. Ou é Iron ou Metallica. Caso não dê certo, peça ajuda ao adolescente ou tiozão mais próximo.




   Jon Bon Jovi (Deus abençoe os cosméticos Ivone II)
   Onde: Estádio do Morumbi
   Quando: dia 21, às 16h
   Quanto: de R$ 180 à R$ 680



E msm e? (Reprodução)
                Quem nunca abriu a janela, colocou a cara pra fora e esgoelou um It’s my liiiiiiiiiiiiiife, is now or never? Ou um Livin’ on a prayer no final de todo mundo odeia o Chris?  O cantor – versão americana do Fábio Jr. –  faz uma escala em São Paulo menos de 24 horas depois de tocar no palco Mundo do festival carioca. O álbum mais recente deles, What About Now, não foi lá muito bem recebido. Mas, novamente, quem não cantaria com o loiro. (Atenção: o show de abertura é com o Nickelback, cuja única coisa que eu lembro é o vocalista Chad Kroeger, dos cabelos de miojo e etc).
O que ouvir: Bon Jovi é uma fábrica de hits. Do primeiro álbum aos sucessos mais atuais, como We werent' born to follow, é difícil topar com alguma coisa ruim. Já Nickelback... a Mix ainda toca essa banda?
 Look: Mesmo do Bruce Springsteen. Camisas com foto do cantor em poses complicadas ou alguma roupa de tia também formam uma boa parada.

           *

                Isso para citar apenas alguns dos principais shows de rock da cidade. O site do Rockinchair, especializado nessa atividade, te dá a lista completa. E fora que em outubro ainda temos Black Sabbath - sim, tio Ozzy vem aí! -, Aerosmith e Whitesnake. Se preparem, ou vão ficar em casa chorando de fone no ouvido.

                E nos falamos no próximo post.

Por: Guilherme Mendes
De: Carapicuíba - SP
Email: guilherme@revistafriday.com

Você já curtiu a Revista FRIDAY no Facebook? faça como eles ;)

20 de agosto de 2013

Não se fazem mais passados como antigamente #18 – ¡Arriba!




Supernatural_Santana
Gravadora: Arista
Lançamento: 15 de junho de 1999
Nota: 8/10






                Staples Center, Los Angeles, 23 de fevereiro de 2000. O vencedor do Grammy de melhor álbum sobe, pé ante pé, os degraus do palco, sob uma calorosa salva de palmas. Para os tantos milhares que fazem isso – bater palmas – nem há cara de surpresa. Carlos Santana subia ao palco pela oitava vez naquela noite – mal vai ter onde enfiar tantas estátuas em forma de gramofone. A maioria se lembrava de 1982, quando Michael Jackson subiu, também oito vezes, com seu modesto trabalho de nome Thriller.

                Talvez só uma pessoa ali estivesse surpresa: o próprio Carlos.


*

Em 1969. ¡Ay ay ay! (Reprodução)

                Com mais de 30 anos de carreira, Santana sempre foi um dos mais expressivos músicos de sua geração – mas nunca tinha saído da marginalidade da imprensa. Isso devido a uma série quase infinita de motivos:

                Desde 1969, com o lançamento do seu primeiro álbum homônimo, Carlos e a sua banda, a nada egocêntrica Santana Blues Band, os críticos batem palma. Eles elogiam o tom puríssimo e único de sua guitarra – talvez a mais fácil de ser reconhecida de longe. Já tocou blues de raiz e jazz, usou todas as drogas conhecidas e adotou um nome dado por um guru indiano (nos anos 70 ele era "Devadip" Carlos Santana). Mesmo assim ele nunca recebeu o tratamento devido de um rockstar. Nunca tocou em estádios ou foi estrela dos festivais em que compareceu (mas diz a lenda que em Woodstock ele cheirou tanto que achou que sua guitarra havia se transformado numa cobra e teria deixado ela num serpentário quando voltou pra casa).

                Filho de um mariachiaqueles músicos tradicionais mexicanos – Carlos promoveu, em 16 álbuns de estúdio e outros tantos ao vivo, uma raríssima mistura entre os ritmos latinos e africanos com o blues e jazz que um bom solo de guitarra pode dar. Exemplos são suas canções mais famosas, a adaptação de Black Magic Woman (Guitar Hero mandou lembranças) e Samba pa ti.

                Em 1999, depois de sete anos sem gravar nada, Santana estreou contrato com a nova gravadora, a americana Arista Records. Trabalhando com um grupo de renomados produtores – entre eles o fundador da empresa, Clive Davis e o haitiano Wyclef Jean – Carlos renovou seu jeito de tocar, trocando as longas jams e solos por um rock mais comercial e vendável – ainda que não menos latino.

                Outra aposta foi aquela tática conhecida como “chama os muleke”: quase todas as 14 faixas do disco contém algum convidado especial. The Calling tem o arroz-de-festa Eric Clapton. Lauryn Hill empresta sua voz em Do You Like The Way e o rapper Everlast faz um dueto em Put your lights on. Os conterrâneos do Maná deram vida a Corazón Espinado (mais lembrado num daqueles covers horríveis do Leonardo) e Rob Thomas, vocalista do Matchbox Twenty, ajudou o guitarrista a marcar os anos 90 com sua canção mais conhecida – e cantada, e dançada...

                Com uma forte campanha, clipes nas paradas da MTV e solos de guitarra lindos, mas curtinhos, Supernatural mostrou um novo conceito do músico. A música latina, graças à grande comunidade instalada nos EUA, finalmente caiu no gosto dos países anglo-saxões (caso do próprio EUA, do Canadá e nações europeias). Para que isso acontecesse, houve um preço a ser pago: quase tudo é cantado em inglês e o som lembra mais um pop do que a velha salsa dançante.

                Desde o seu lançamento, o disco estourou em todas as paradas ao redor do globo. Em 35 anos de carreira, um Grammy por Blues for Salvador e, em uma noite, oito. Em mais de 10 países ele chegou ao topo das paradas. Discos de platina? Apenas 56 (e um de diamante no Canadá).  Além das 30 milhões de cópias vendidas, ficaram canções que até hoje são símbolos da América latina – olha, se você nunca dançou Corazon Espinado ou Smooth...

Santana e Rob Thomas em Smooth. Dancei muito inclusive. (Reprodução:Youtube)

*

                Muitas noites de farra – como a noite da festa pós-Grammy – ocorreram para o mexicano desde então. O sucesso veio, o reconhecimento veio, mas a obra-prima... bem, ficou difícil equiparar um desses. Alguns álbuns dele seguiram uma regularidade pelos anos 2000, caso do Shaman (2x platina) e do seu mais recente disco, Shape Shifter, lançado ano passado. Hoje ele vive como Elvis viveu seus últimos dias: fazendo shows em cassinos de Las Vegas (próximo show dia 11 do mês que vem). Com 66 anos, ele entra na nossa categoria simpática: a dos vovôs do rock.


 (P.S.: setembro vêm aí. E o mês dos shows promete aqui na coluna. Aguardem!) 

Por: Guilherme Mendes
De: Carapicuíba - SP
Email: guilherme@revistafriday.com

Você já curtiu a Revista FRIDAY no Facebook? faça como eles ;)

7 de maio de 2013

Não se fazem ais passados como antigamente #11 – Quando falta o “je ne sais quoi”







Now What?!_Deep Purple
Gravadora: earMusic 
Lançamento: Abril de 2013
Nota: 7.1/10




     




        Em 1975, eles estavam no Guinness como “A banda com o som mais alto ao vivo do mundo” . Eles estão para assoprar a 45ª vela de estrada, ao contrário de gente como os Rolling Stones (51 velas), quase sempre tocando, com algum hit na manga e sempre muito, mas muito alto.  O Deep Purple – o eles do texto – conseguiram, décadas e décadas afora, conseguir hipnotizar uma legião de fãs que tende ao infinito – o nós dessa história.
Já tiveram 8 formações diferentes, 14 membros (entre eles David Coverdale e Joe Satriani), e só o baterista Ian Paice sobreviveu em todas as épocas.  O segredo é a qualidade e a simplicidade da música: porque todo mundo conhece os riffs de Smoke on the Water, Perfect Strangers, Burn, Hush, a lista é grande. Porém, quando eu terminei o 19ª álbum da banda, o pouco comentado Now What?!, dava pra notar que alguma coisa estava faltando.

Jon Lord.
Pra mim, mais do que o vocalista Ian Gillan, mais do que o guitarrista-estrela Ritchie Blackmore, o coração da banda sempre foi o tecladista. Jon Lord, que faleceu em julho passado, era o legítimo senhor dos teclados  na banda, até 2002. Todos os grandes sucessos da banda têm a marca de um solo poderoso, orgiástico, arrepiante. Isso influenciou seu sucessor,  Don Airey, que já tocou com ninguém menos que Ozzy Osbourne (Don é o cara responsável por isso aqui), e tem uma excelente parte no ótimo álbum de 2005, Rapture of the Deep. O terceiro álbum com o novo tecladista segue a mesma linha do Rapture, mas por que, porque ainda falta o diferencial? Aquele “a mais”? O “je ne sais  quoi”?
Os 60 minutos do álbum ainda são uma amosta de hard rock do mais puro sangue. A banda parece nunca ter perdido o tino para parir coisas assim. Steve Morse, o guitarrista que desbancou Blackmore nos corações de muitos fãs da banda (inclui-se o meu), ainda faz seus solos precisos, atuais, como em “Hell to Pay”. O tecladista, quase que prestando uma homenagem ao falecido Jon, faz uma mistura e experimentação de tons com um Moog – uma espécie de pequeno sintetizador, que o Google já fez muita gente conhecer.  Os solos são imprevisíveis, longos, e lindos.  Uma das melhores do álbum, “A simple song”, lembra aqueles solos do fim dos anos 80.
Mas a voz, essa não continua a mesma. Ian Gillan começa a sentir o peso da idade, e o fone de ouvido acusa os efeitos, a mixagem que faz com que a melodia pareça alterada. Não é uma coisa do nível Ke$ha ou Nicki Minaj, mas é sensível a diferença. Pra quem se acostumou aos gritos histéricos dele em clássicos como Child in Time, ver um álbum onde ele não se arrisca nenhuma vez àqueles agudos é quase como estar vendo alguma coisa morrer.
O álbum, com 13 faixas, oscila – como diria um conhecido meu- “entre altos altíssimos e baixos baixíssimos”. Pra quem tem uma boa base e já conhece o Deep Purple, vale a pena ver o que eles, durante algum tempo, chamaram de “o último trabalho de estúdio da banda”.  A banda, óbvio, não é a mesma daquela paulera da época do Machine Head, ou da orquestração que foi Perfect Strangers. O vocalista não se aguenta mais, como eu pude uma vez presenciar, na última vez que eles estiveram em São Paulo, em 2011. Ele não aguentou os agudos de um fraseado em Lazy. Eu olhei pro lado e algumas pessoas notaram isso também.
Foi uma pena. Mas, se nos convidassem para ver o Purple de novo...olha...não tem como pensar duas vezes. Até porque quem canta Smoke on the Water uma vez, diz a lenda, não para mais.

Esses vovôs...


Por: Guilherme Mendes
De: Carapicuíba - SP
Email: guilherme@revistafriday.com.br

Você já curtiu a Revista FRIDAY no Facebook? faça como eles ;)

13 de fevereiro de 2012

MUSEU: Top 5 das músicas de 1999


Depois de uma semana fora, estou aqui de volta para o último post da série MUSEU, onde nós mostramos um pouco das músicas que foram sucesso na década de 90. E para terminar, veremos as músicas que tiveram maior destaque em 1999, ano em que a seleção feminina de vôlei conquistou o terceiro título dos Jogos Pan-Americanos, ano em que a saudosa Rede Manchete saiu do ar e deu lugar à RedeTV! e também o ano de retorno da banda Iron Maiden aos palcos.

5º lugar - ...Baby One More Time (Britney Spears)


A princesinha do pop, como ficou conhecida a cantora Britney Spears, lançou seu primeiro álbum e mostrou para que veio vendendo mais de 25 milhões de cópias por todo o mundo.


4º lugar - Believe (Cher)


Essa música faz parte do 23º álbum da carreira de Cher, que passou por altos e baixos durante a década de 90 e mesmo assim conseguiu dar a volta por cima e ganhou o prêmio de Melhor Gravação Dance com Believe, no Grammy daquele ano.


3º lugar - Gennie in a Bottle (Christina Aguilera)


Assim como Britney Spears, fez sua estreia no cenário musical naquele ano e ganhou o prêmio de Artista Revelação no Grammy.


2º lugar - Livin' la Vida Loca (Ricky Martin)


Ex-integrante da extinta boy band Menudo, Ricky Martin partiu em carreira solo em 1993 e desde então passou a se tornar cada vez mais conhecido em todo mundo, chegando inclusive a gravar a canção tema da Copa de 1998.


1º lugar - Smooth (Santana & Rob Thomas)


O guitarrista Santana ficou muito conhecido na década de 60 durante o Festival de Woodstock e, junto com Rob Thomas, vocalista do Matchbox Twenty, recebeu três prêmios Grammy pelo seu álbum Supernatural.

30 de janeiro de 2012

MUSEU: Top 5 das músicas de 1998


Dando continuidade a viagem pelo museu da música, estamos quase no final dos anos 90 e hoje eu venho aqui para falar de 1998, ano em que Fernando Henrique Cardoso se reelegeu como Presidente do Brasil, ano em que a Google surgiu para o mundo, ano do falecimento do cantor Tim Maia e também o ano em que o Brasil conquista do tri-campeonato do Grand Prix feminino de Vôlei.

5º lugar - Gettin' jiggy wit it (Will Smith)



Essa música fez parte do álbum de estréia do ator/cantor norte-americano Will Smith entitulado "Big willie style".


4º lugar - I don't want to miss thing (Aerosmith)



Essa música foi trilha do famoso filme Armageddon, que contava em seu elenco com a participação de Liv Tyler, filha do vocalista do Aerosmith.


3º lugar - I'm your angel (R. Kelly & Celine Dion)



Responsável pela produção de vários álbuns e canções para trilhas sonoras, R. Kelly alcançou a 3ª colocação do Top 5 graças a sua parceria com Celine Dion, que ficou em primeiro lugar durante 33 dias na parada da Billboard.


2º lugar - Too close (Next)



Essa foi a música de maior sucesso do grupo de R&B, se mantendo no primeiro lugar da Billboard por 37 dias.


1º lugar - The boy is mine (Brandy & Monica)



Disparada como a música que mais tempo ficou no topo da Billboard em 1998, essa música conta a história de duas mulheres que disputam o mesmo homem e foi inspirada em um dueto de Paul McCartney com Michael Jackson "The girl is mine", sendo interpretada anos mais tarde em um dos episódios da famosa série de comédia Glee.

23 de janeiro de 2012

MUSEU: Top 5 das músicas de 1997


Olha eu por aqui mais uma vez para mostrar as músicas que foram sucesso na década de 90. Ano que ficou marcado pelo lançamento do primeiro livro da saga de Harry Potter, lançamento do filme "Titanic" vencedor de 11 Oscar no ano seguinte e também pela título conquistado pelo Cruzeiro na Copa Libertadores da América.

5º lugar - Wannabe



Escolhido pela MTV como melhor clipe de música pop dos anos 90, Wannabe é uma das músicas mais conhecidas do grupo britânico.


4º lugar - Can't nobody home down (Puff Daddy & Ma$e)



Conhecido pelas constantes mudanças de nome, Puff Daddy, que também é conhecido como Diddy, P. Diddy e Puffy foi indicado ao Grammy como Melhor Performance de Rap por uma Dupla ou Grupo com essa música.


3º lugar - Un-break my heart (Toni Braxton)



Com um sucesso que começou no final do ano de 1996, essa música da Toni Braxton com certeza é a sua marca registrada e ganhou várias versões remixadas ao longo desses anos.


2º lugar - I'll be missing you (Puff Daddy e Faith Evans com 112)



Mais uma música de Puff Daddy a alcançar o primeiro lugar na Billboard. Ela foi composta como uma homenagem a Notorious B.I.G e usa o sampler de uma música do The Police chamada "Every breath you take".


1º lugar - Candle in the wind 1997 (Elton John)



Escolhido como cantor solo de maior sucesso da história da música pela Billboard, Elton John reformulou essa música em homenagem póstuma a sua amiga Princesa Diana. Ele a cantou em público pela primeira e última vez durante o funeral da princesa de Gales em setembro de 1997.

16 de janeiro de 2012

MUSEU: Top 5 das músicas de 1996


Dando continuidade ao nosso passeio pelo MUSEU da música, hoje eu estou de volta para mostrar as música de 1996, ano da primeira participação do vôlei de praia nos Jogos Olímpicos com direito a medalha de ouro e prata no feminino, ano em que Bill Clinton se reelege como presidente dos EUA, e também o ano em que os Mamonas Assassinas morreram em um acidente aéreo na Serra da Cantareira.

5º lugar - How do U want it (2PAC)



Foi lançada no ano de 1996 e fez parte do quarto álbum de estúdio do rapper americano 2PAC, que foi morto naquele mesmo ano após um tiroteio com uma gangue rival.


4ª lugar - Because you loved me (Celine Dion)



Essa música fez parte do álbum "Falling into you" e recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Canção Original como trilha do filme "Íntimo e Pessoal".


3º lugar - Tha Crossroads (Bone Thugs-n-Harmony)



Mais uma representante do rap norte-americano, a música "Tha Crossroads" ganhou o Grammy pela Melhor Canção de Rap no ano seguinte ao seu lançamento.


2º lugar - One sweet day (Mariah Carey & Boyz II Men)



Pela primeira vez no Top 5, uma música consegue aparecer mais de uma vez entre as melhores. A parceria entre Mariah Carey e Boyz II Men dessa vez chega à 2ª posição graças aos 76 dias que se manteve em primeiro lugar na parada da Billboard.


1º lugar - Macarena [Bayside Boys Mix] (Los del Rio)



Esse foi o único sucesso da dupla espanhola Los del Rio e ganhou mais destaque ainda após ser remixada pelos Bayside Boys Mix e conseguiu superar o recorde de maior tempo em primeiro lugar na Billboard nos 90, que até então pertencia ao Boyz II Men.

9 de janeiro de 2012

MUSEU: Top 5 das músicas de 1995


Dando continuidade a nossa viagem no tempo da música, hoje estou aqui para falar um pouco sobre as músicas que ficaram entre as mais tocadas da Billboard em 1995, ano em que Fernando Henrique Cardoso assumiu seu primeiro mandato como Presidente do Brasil, ano também em que a banda Kiss gravou seu álbum acústico tocando com a formação original após muitos anos de separação e por fim a primeira exibição do VMB na MTV.

5º lugar - One sweet day (Mariah Carey & Boyz II Men)



Sempre figurando pelo nosso Top 5, a diva americana Mariah Carey aparece por aqui dessa vez acompanhada pelo quarteto de R&B Boyz II Men.


4º lugar - Have you ever really loved a woman? (Bryan Adams)



Fez parte da trilha sonora do filme "Don Juan DeMarco" e concorreu ao Oscar na categoria de melhor canção original. Além de receber uma versão em português da dupla Chitãozinho & Xororó.


3º lugar - Waterfalls (TLC)



Lançada pela girl band TLC, essa música ganhou 4 prêmios no VMA (premiação da MTV norte-americana): Melhor Vídeo de R&B; Melhor Vídeo de Grupo; Vídeo do Ano; e Escolha da Audiência.


2º lugar - Take a bow (Madonna)



Polêmica como sempre, Madonna teve alguns problemas com grupos ativistas dos direitos animais por acharem que a rainha do pop fez apologia às touradas no videoclipe original dessa música.


1º lugar - Fantasy (Mariah Carey)



Também parte integrante do álbum Daydream de Mariah Carey, essa foi a música que mais tempo ficou em primeiro lugar na parada da Billboard em 1995.

2 de janeiro de 2012

MUSEU: Top 5 das músicas de 1994


Eae, pessoal! Mais um ano que passou e eu aqui de volta para dar continuidade ao MUSEU e para falar das músicas que foram sucesso em 1994, um ano marcado pela alegria da conquista do tetra campeonato da seleção brasileira de futebol e pela tristeza da perda de um dos maiores nomes do automobilismo, Ayrton Senna. E também o ano da estreía de "Os Cavaleiros do Zodíaco" na Rede Manchete.

5º lugar - The power of love (Celine Dion)


Essa música, originalmente foi gravada por Laura Branigan em 1987, mas foi na voz de Celine Dion que alcançou o primeiro lugar nas paradas Austrália, do Brasil, de Israel e também da Itália.


4º lugar - The sing (Ace of base)


O Ace of Base é uma banda sueca que surgiu no início dos anos 90 com uma levada bem pop. E pra quem não sabe, eles têm como fã nada mais, nada menos que a sensação pop do momento Lady Gaga.


3º lugar - Bump 'n grind (R. Kelly)


A nossa terceira colocação foi lançada no álbum de estréia do cantor norte-americano R. Kelly chamado "12 Play" e figurou na primeira posição da billboard por 41 dias.


2º lugar - I swear (All-4-One)


Mais uma música representando o R&B aqui no MUSEU. Essa música fez tanto sucesso na gringa que aqui no Brasil ganhou uma versão gravada pela dupla Leandro e Leonardo.


1º lugar - I'll make love to you (Boyz II Men)



E para fechar o primeiro Top 5 do ano, temos "I'll make love to you", que ficou em primeiro lugar por 97 dias superando "End of the road" (89 dias), que também foi gravada pelo Boyz II Men e que até então tinha sido a música que mais tempo ficou no topo da billboard na década de 90.


E termina por aqui mais um Top 5 e fica meu desejo de que em 2012 todos possam ter um excelente ano e que possam alcançar todos os seus objetivos. FELIZ ANO NOVO!