Oi! Eu sou a Bárbara, paulistana, jovem estudante de Letras e tenho o sonho de explorar o mundo e
conhecer o desconhecido. Meu primeiro destino: Turquia!
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Praça na cidade de Babaeski (próximo à Istambul) com senhora Muçulmana |
Me inscrevi no programa da AIESEC, uma organização para
jovens de 18 a 30 anos, que, dentre outras coisas, auxilia no processo de
viagens internacionais de trabalho, seja ele voluntário ou profissional. Eu escolhi o intercâmbio de estágio profissional
no ensino de línguas, minha área de formação. Por acaso, as melhores vagas e as
mais recorrentes estavam todas na Turquia; então, apesar de até então eu saber
pouquíssimo sobre o país, pensei: por que não? Me apliquei, fiz as entrevistas
e todos os trâmites necessários e adivinha? Fui aceita e convidada a estar na
Turquia em um mês!
Como seria minha primeira viagem internacional nem
passaporte eu tinha. Então para estar na Turquia no tempo solicitado, eu tive
que correr – e muito! – para que tudo
desse certo. Fiz o pedido de passaporte, que ficou pronto em 10 dias (depois de
algumas filas e lentidão no sistema...), pedi o visto no Consulado da Turquia,
comprei a passagem de ida e volta, solicitei o Seguro Saúde e fim! No fim, tudo foi mais simples do que eu
imaginava e quando eu menos percebi já estava colocando os pés pela primeira
vez dentro de um Free Shop no aeroporto!
A viagem de avião de São Paulo até Istambul dura em média 13
horas e como eu iria morar em outra cidade, ainda levei mais umas 2 horas na
estrada. Passar 15 horas só em
locomoção me exigiram muita criatividade para passar o tempo e manter meu
conforto. Então agora acho que já posso até me considerar um tanto experiente com viagens! Aprendi
muito, inclusive, sobre fuso horário e clima mundial. Saí do inverno de São
Paulo, cheia de casacos e uma mala pronta pra enfrentar o suposto verão
friozinho da Europa, mas quando cheguei aqui na Turquia, tive que tirar todos os
casacos, lenços, botas e blusas compridas que estavam comigo, trocar por uma
regata fresquinha e um sapato aberto, e me deparar com 31°C em plena madrugada turca.
Isso porque, como a diferença do fuso entre Brasil e Turquia é de 6 horas, em
teoria chegaria à tarde no horário do Brasil, mas como “perdi” 6 horas, aqui já
era noite quando cheguei.
Conheci, no aeroporto e no avião um turco e alguns
brasileiros que restauraram imensamente minha fé na humanidade! Gente que quer
ajudar não importa o que seja, que quer que você se sinta bem em todo lugar, que
se preocupa com você mesmo nunca o tendo visto na vida. Brasileiros e turcos se
assemelham nessa questão. Toda pessoa turca que eu falei até hoje quis me
ajudar até o último segundo possível, compartilhou conhecimentos sobre o país e
cultura regional, se esforçou ao máximo para falar de forma que eu
entendesse... E assim também é com os brasileiros quando se trata de “gringos”
no nosso chão caloroso do Brasil.
Descobri que aqui, ao contrário do que muitos me diziam, nem todo mundo usa lenço na cabeça (são mais as senhorinhas e pessoas mais religiosas, mesmo), não
tem muito essa de casamentos multi-conjugais, todo mundo usa roupa curta sem problema
nenhum, existe balada, bar e passeios noturnos onde tem tanto homem quanto
mulher...Me surpreendi muito com essa galera, também muito calorosa, da
Turquia! O mundo hoje é um só, e manter a cabeça fechada a preconceitos e
opiniões parciais sem ter uma própria visão sobre o assunto é a pior coisa a se
fazer se existe dentro de você alguma curiosidade sobre o que quer que seja.
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Tradicional Çay (lê-se "tchai") - Chá Preto Turco |
Foi a partir desses primeiros descobrimentos que uma cadeia de novidades e descobertas se abriu em mim, e parece que vai me acompanhar durante todos os 365 dias que passarei nessa terra do Leste Europeu. Tenho certeza que muitas surpresas estão por vir, mas agora só o que me resta saber é... Você vem comigo nessa? ;)
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