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Baklavas e similares... Tanto amor! |
Se tem uma coisa que eu AMO fazer – e quem me conhece sabe –
é comer. Sou um saco sem fundo, sempre tô aceitando tudo, entro em depressão
relâmpago se não consigo comer tudo que está no prato e adoro quando sobra
comida e posso fazer mais um lanchinho depois. Pois aqui na Turquia, apesar dos
meus planos de “boicote ao hábito Magali”, as deliciosidades daqui são tão boas
(e baratas!) que acho que vou ter que mudar minha estratégia.
Em São Paulo, cidade onde nasci e cresci, costumava dizer
que existiam só três comidas no mundo que eu realmente não ia com a cara:
berinjela, pepino e pimentão. Agora, adivinha quais são os principais
ingredientes das refeições aqui? É. Pois é. O interessante é que, quando você
está num lugar diferente, quer experimentar todas as comidas. Então acaba o
mimimi e você vai de “meu santo não bateu com essa comida” a “até que não é tão
ruim, será que eu posso repetir?”.
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Prato especial com berinjela, pepino e pimentão. Pois é. |
Bom, vamos aos fatos. O café da manhã aqui é bem básico: pão
de forma com queijo, umas azeitonas, tomate e um ovo cozido servido na mesa com
casca e tudo. No almoço e jantar, o principal acompanhamento é o pão. MUITO
pão. Imagina um pão francês, só que gigante. Tem gente que chega a comer um pão
desses inteiro por refeição!
Aqui a maioria da
comida é líquida, ou como eles dizem pra me explicar, “Waterish dishes”, então
haja pão pra mergulhar nos molhos, feitos com tomate ou iogurte, azeite e
temperos, geralmente apimentados. E por falar em iogurte, além de ser muito
consumido puro ou com pepino em conserva, eles tomam muito uma bebida chamada
Ayran, iogurte batido com água(!) e sal(!?).Tem gosto de água do mar com clara
de ovo. Sacomé, né...
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Ayran |
E no embalo de coisa boa, além dessa deliciosidade (-sqn),
também fui convidada a experimentar um sabor famoso aqui: Damla, ou “Gota”, em
português. Se você já foi à Sorveteria Alaska em SP e pediu para experimentar o
sabor “Miski - resina de árvore árabe”, já sabe do que eu estou falando. Se não,
peço que imagine qual é o gosto da seiva de uma folha de árvore comum de rua.
Aqui se faz muito doce com isso; chiclete, sorvete, recheio e cobertura de
bolo... E onde mais sua imaginação permitir colocar seiva de
árvore. (hehe)
Mas no geral, as sobremesas são dignas de aplausos! Minha
paixão assumida, o Baklava, é um doce feito com nozes e/ou pistache, e uma
única unidade garante que você exceda os níveis de açúcar- e felicidade! - do
dia todo (300 calorias num bloquinho de 3x4). Todos os tipos de nozes e oleaginosas são vastamente usados aqui e são encontrados no mercado com um preço bem simpático.

Na verdade, tudo aqui é mais barato mesmo. Um prato de shopping com bebida geralmente não passa de 10TL (Liras Turcas), o que equivale basicamente a R$10 (R$1 = 0.83 TL). Sorvete (aqui tem Kibon!) é um absurdo de barato, e destaque pro Cornetto a 1,50TL. As roupas, então, têm preço de brechó capenga. Algumas lojas têm como padrão roupas de 5 a 15TL, e a qualidade é bem razoável, estilo lojas de departamento. Eletrônicos não impressionam pelo preço, mas ainda assim são, na média, mais em conta que no Brasil.
Agora, o que não é barato mesmo é a gasolina, cujo litro sai
por até 6TL. Outra coisa que deprime um pouco é o preço dos produtos de banho,
que às vezes saem até mais caro que no Brasil (um Shampoo tipo L’orèal de 360ml
chega a custar 10TL). O salário mínimo daqui é 850TL, mas o salário ideal para
cobrir gastos gerais aqui seria de cerca de 1600TL.
Nesse meu quase um mês de Turquia, não tive muitos gastos, e
o que gastei não foi caro. Claro que existem as mega marcas internacionais que
custam caro em qualquer lugar do mundo, mas como nem todo mundo segue esse
padrão...
Mas então é isso, agora chegou a hora do almoço e vou ali comer meu bandejão da empresa! Até semana que vem! ;)
Por: Bárbara
De: Babaeski - Turquia
Email: barbara.kaneko@aiesec.net
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