14 de agosto de 2013

Resenha: A Invenção de Hugo Cabret - Brian Selznick

Brian Selznick nasceu em Nova Jersey nos Estados Unidos e, diferente de outros escritores, estudou design primeiramente. Seu interesse pelos livros veio através de seu emprego em uma livraria e a partir daí, tentou escrever e ilustrar suas próprias obras. "A Invenção de Hugo Cabret", seu primeiro grande trabalho como escritor, foi publicado inicialmente em 2007.

O livro conta a história de Hugo, um órfão de onze anos que cuida dos relógios de uma estação de trem em Paris, lugar que também é seu lar. Sobrevivendo com a pouca comida que rouba, Hugo é obrigado a trabalhar no mais completo anonimato. Se alguém o descobrir, ele será entregue ao guarda da estação, que o levará para o orfanato. Além dos raros croissants que consegue furtar, ele também costumava roubar algumas peças mecânicas da loja de brinquedos da estação, até que é pego pelo proprietário da loja. O velho esvazia os bolsos do garoto e encontra as peças roubadas. Em meio a ira, fica com o pequeno caderno de Hugo, ameaçando queimá-lo.

É no caderno que está a resposta para os roubos das pecinhas. Nele estão os desenhos de um autômato, encontrado pelo pai de Hugo, um relojoeiro que morreu em um terrível incêndio. O autômato está quebrado e, para Hugo, consertá-lo seria uma forma de estar perto do seu pai, de quem sente muita falta. Junto a Isabelle, a afilhada do dono da loja de brinquedos cuja amizade Hugo rejeita, ele tenta recuperar seu caderno das mãos do velho, que parece saber mais sobre os desenhos e sobre o autômato do que ele próprio.

A história flui através de uma mistura de textos e imagens que se combinam perfeitamente. Os desenhos dão continuidade a narrativa, utilizando-se apenas de detalhes visuais. É quase uma técnica de quadrinhos mas não, não é um quadrinho. É uma quase uma obra de arte. Por ser um trabalho de um autor que também é ilustrador, o livro tem ilustrações tão lindas que dá até vontade de pendurar num quadro. 

"A Invenção de Hugo Cabret" é uma homenagem (acho que essa seria a melhor definição). Uma homenagem aos livros, ao cinema, e principalmente, aos sonhos.

E se não gostou, sempre teremos Paris.

Recomendação pessoal: A invenção de Hugo Cabret, filme de 2011. A verdade é que Scorsese é Scorsese e ele conseguiu realizar um trabalho singular e belíssimo a partir do livro de Selznick. O filme foi feito especialmente para a filha do diretor que tinha 12 anos na época. 


Por: Virgínia
De: Natal - RN
Email: virginia@revistafriday.com.br

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