17 de setembro de 2013

[+18] Mulher que não dá, voa (ou não)

Tem quem nem ligue para o jejum, tsc tsc.

A Revista Friday estava há 11 meses sem sexo. O cubatense Márcio de Abreu está há 17 anos sem sexo. A santista Heleine Carvalho de Souza está há 23 anos sem sexo. Ou melhor, ambos, que nem a famosa Catarina Migliorini, sequer deitaram com outra pessoa. Mas, afinal, qual o problema de viver sem sexo?
“Estou esperando encontrar alguém que me faça palpitar, sabe?”, estima Márcio. Claro que seus amigos estranham sua opção, “como se eu fosse um extraterrestre”, ri. No entanto, o jovem não se vê anormal pela sua decisão, até porque respeita a doutrina que segue - a linha neopentecostal da Cristo É Resposta.
Por sua vez, Heleine já namorou alguns rapazes, até noivou, mas deseja largar o celibato só após dizer o 'sim' na Igreja. Membro da Renovação Carismática - que também adota a linha pentecostal -, ela afirma que já teve momentos de sufoco para lidar com a libido. “Às vezes, a gente tem vontade de fazer sexo. Uma vontade muito forte”. Mas controla seu instinto, ou melhor, sua humanidade.
Sexo é natural. Humanidade porque o sexo sempre esteve ligado precocemente à nossa espécie - o prazer em dividir a intimidade com outro é realmente natural. Assim, será que ainda seguir a moralidade cristã (ou de qualquer outra religião monoteísta que prega a monogamia) é não ser natural? Claro que não, é só uma cultura distinta em que essas pessoas estão satisfeitas. Por que afinal nos incomoda saber que há pessoas que valorizam de uma forma mais radical as relações amorosas? Ou vai dizer que não riu com a declaração de algum desses virgens acima?
Tudo bem, tudo bem, também é natural se você estranhar (confesso que estranho bastante). Não se encane com isso. É uma questão cultural em que nossa geração valorize mais a independência, a liberdade e o amadurecimento individual, pessoal - todos conceitos que representam o sexo na hora em que aceitamos nos entregar para outra pessoa, seja na primeira, segunda ou enésima vez.
Até a Britney fez bandeira da virgindade. Mas foi o Andy quem se guardou aos 40.
Mas não se desespere: isso não significa que estejamos errados por não esperar até o casório. Talvez nem sejamos mais imaturos ao vincular o sexo com a relação tão rápido. Sequer que os virgens por mais tempo sejam completamente caretas por não transarem mais jovens. Também eles podem até ser mais imaturos ao não experimentarem outros relacionamentos.
Enfim, realmente o que isso significa é que, nesse caso, o sexo é visto por duas perspectivas diferentes. Aqueles que só querem intimidade com a pessoa certa, e aqueles que vão procurar (ou não) outras pessoas certas. E só. Então, independente de qual lado você está, já não estranhe mais... Porque o que vale na vida não é a data de quando sentirá o alguém gozar contigo. O que vale, é ter certeza de uma boa companhia na hora do sexo.
Ser virgem é moda? Apesar do sexo ser natural, por vezes, a virgindade se tornou tendência entre os nossos antepassados. Então na próxima quinzena, vou contar melhor sobre a origem desse valor que tanto enlouquece os genros e é exaltado pelos sogros ao longo dos séculos e séculos. Ah, e antes que pergunte sobre o título dessa postagem sobre "quem dá e quem não dá", a inspiração vem da canção abaixo...



Quem sou? Vixi, esqueci de me apresentar. Sou Lincoln Spada, 22 anos, repórter, pós-graduando em Educação Sexual e já dormi de conchinha.

Por: Lincoln Spada
De: Santos / SP
Email: lincoln.spada@gmail.com
Fotos: Reprodução 



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