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Foto: Sidnei Curzio Junior |
Segunda empresa mais valiosa do mundo – US$ 113,7 bilhões.
Diversas vezes eleita a melhor empresa para se trabalhar no ramo de tecnologia e computação. A segunda companhia mais desejada pelos jovens que iniciam sua vida no mercado corporativo.
Aumento do lucro a cada semestre. Criadores de produtos e serviços que mudaram a internet para sempre.
Estas informações e muitas outras resumem-se num nome: GOOGLE!
Ou, num verbo – Vou “googar” e procurar a resposta para esta pergunta!
Uma marca que tornou-se símbolo do produto. Afinal, quem usa o termo “buscador”???
O Google, sem dúvida, revolucionou nossas vidas desde o dia 4 de setembro de 1998. Lá se vão 10 anos. Lembram-se como era a vida de vocês sem ele? Os integrantes da Geração Z – nascidos a partir de 2000 – não poderão responder, mas questionadores como são, devolverão a pergunta: e se ele acabar, como será o mundo?
Recentemente, tive a oportunidade de participar de uma reunião com o Diretor de Relações Institucionais do Google, em Washington, Estados Unidos.
Diversos assuntos foram abordados, mas dentre eles, destaco que a empresa não gosta que a considerem arrogante com relação às leis dos países, mas esta defende acima de tudo o acesso à informação, mas respeitando a cultura de cada local, com equilíbrio e inovação.
Defendem que a Internet possui fronteiras – eles possuem menos de 20% dos usuários na China e 5% no Japão e tentam, com pedaços de ideias de diversas fontes, expandir seus mercados e formas de agir, evitando o imperialismo digital.
Sua rentabilidade no mercado e popularidade não seriam tão grandes sem diversas polêmicas, envolvendo diversos dos seus produtos criados até hoje.
Em 2010, foram feitas denúncias de que os veículos que captavam as imagens panorâmicas para o Street View poderiam também obter dados pessoas de usuários e captar comunicações eletrônica, por intermédio das redes wi-fi. Após notificação extra-judicial, a empresa defendeu-se dizendo que havia retirado dos veículos os equipamentos que obtinham tais dados e inutilizado as informações capturadas.
A chegada deste serviço no Brasil foi tumultuada, pois logo nos primeiros dias, diversos flagras constrangedores foram feitos – casais em beijos públicos, pessoas passando mal etc – e ratificaram a preocupação com o Direito à Privacidade e até aspectos vinculados à segurança, pois casas e prédios que foram “vítimas” das câmeras 360º, tornaram-se alvo de análise por parte de ladrões que conseguiam, previamente, analisar pontos vulneráveis e rotas de fuga em caso de roubos. Os que sentem-se lesados ou prejudicados de alguma forma podem recorrer ao próprio Google, que disponibiliza ferramentas para a retirada da imagem (ou parte dela) que cause constrangimento – embora saibamos que o tempo de resposta não é tão ágil quanto a gravidade do dano que tal exposição pode causar.
Nas últimas semanas, muitas empresas de tecnologia tiveram que responder quais suas colaborações ou atividades vinculadas à Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos. O Brasil também passava por esta monitoria e de forma acertada cobrou esclarecimentos ao governo americano. Para surpresa geral, o Google disse que os usuários do Gmail não têm qualquer "expectativa razoável” sobre a confidencialidade de suas mensagens. Em suma: se queremos privacidade, não devemos utilizar o Gmail!!!
Surpresas como essas devem multiplicar-se, assim como possíveis demandas judiciais, com o desenvolvimento de novas ferramentas e tecnologias pelo Google: em Maio de 2012, o Google Car – carro desenvolvido pela empresa que anda sozinho, equipado com câmeras, radares, laser e, claro, o Google Maps – obteve permissão para transitar no estado de Nevada. Embora tenha rodado por 255 mil quilômetros pelas ruas da Califórnia sem causar nenhum acidente, sendo vítima somente de uma pequena batida em sua traseira quando estava parado em um semáforo, obrigou uma mudança na legislação de trânsito da localidade, sendo que estes carros sem motorista sempre deverão estar com duas pessoas em seu interior, para monitoramento dos computadores e um “motorista de emergência”.
O Google Glass promete ser a nova fonte de debates relativos à segurança e privacidade. Tecnologia vestível, permitirá aos seus usuários fotografarem ambientes, filmarem situações no dia a dia e compartilhar tais dados de forma instantânea sem qualquer tipo de demonstração do que está sendo feito – ninguém verá o flash da câmera do celular ou ouvirá o barulho do clique...
Mesmo que ainda não esteja disponível ao público, suas funcionalidades fizeram com que estabelecimentos comerciais declarassem que proibirão sua utilização e deixaram congressistas americanos revoltados com a argumentação do Google de que as políticas de privacidade da empresa não serão alteradas com o lançamento. Aguardemos os próximos capítulos deste que promete ser um intenso debate!
Sabemos que toda tecnologia oferece-nos novas possibilidades. As que o Google disponibiliza, prometem facilitar nossas atividades diárias. Mas também podem nos causar problemas.
A forma de utilização e as decisões tomadas diante das situações farão toda a diferença. Enquanto o Google existir, polêmicas não faltarão!
Abraços e até a próxima! ;)
Por: Sidnei Curzio Junior
De: São Paulo - SP
Email: scurziojr@gmail.com
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