6 de dezembro de 2013

Bitcoin: do submundo da internet para a carteira


Promessa do futura da economia, conheça as Bitcoins

Hoje em dia é muito normal pagarmos contas pela internet, fazer transferências bancárias, compras e até créditos para celular e jogos online, tudo pelo cartão de crédito ou serviços online, como Paypal e Pagseguro. Mas todas estas operações são feitas usando moedas reais, de fato, como o Real, o Dólar e Euro. Eis que, nos últimos tempos, uma nova moeda anda chamando a atenção de investidores no mundo inteiro: a Bitcoin.

A Bitcoin é uma moeda online, que surgiu em 2008, trocada apenas pelo computador e com aspirações enormes: revolucionar as finanças globais da mesma maneira que a internet revolucionou as mais diversas indústrias. Os maiores apoiadores da moeda até publicaram um manifesto no YouTube explicando como a moeda funciona e o que eles esperam com ela.

Todo o sistema e lógica foi criado por uma pessoa (ou um grupo) que se intitula Satoshi Nakamoto. Nunca se soube quem ele é, onde mora, nem se é uma pessoa ou várias. O código surgiu na internet e logo ganhou adeptos. Devido a essa origem "obscura" a moeda foi rapidamente adotada para fins duvidosos na deep web, parte da internet oculta, um point para estupradores, traficantes, e todo o tipo de gente que você não gostaria de encontrar em uma rua escura, à noite. A moeda começou a ser usada para pagar serviços e drogas, mas logo saiu deste meio e foi para a "superfície", o lado da internet que navegamos normalmente.

A moeda é trocada via P2P (lembram do antigo E-mule? Pois é, mesma tecnologia) e não tem intermediários, como bancos ou empresas. O dinheiro é transferido de pessoa para pessoa direto, sem juros ou taxas, via computador, tudo em um ambiente seguro e criptografado.O mais estranho é a forma de se conseguir as bitcoins: elas são geradas pelos próprios usuários. No "mundo real" o dinheiro sempre foi atribuído a algo: ouro, cédulas, prata, entre outros objetos ou símbolos valiosos. Em bitcoins foi eliminado toda a necessidade física: os próprios usuários podem "gerar" a moeda, a chamada mineração de bitcoins. O conceito é até que simples: seu computador fica com um aplicativo aberto "doando" memória para o servidor de transações, utilizando seu processador como fonte. Quanto mais memória doada, mais as chances de conseguir bitcoins quando a "fornada" sair. Nem é preciso dizer que o processo é demorado, e leva a capacidade do seu computador ao máximo. Hoje em dia existem máquinas montadas exatamente para mineração de bitcoins, não só com processadores mas com placas de vídeo, todas funcionando no máximo de sua capacidade para minerar.




001 sonho: bitcoins serem mais aceitas no Brasil

Mercado não explorado

As bitcoins não são aceitas em muitos lugares (no Brasil, praticamente nenhum), o que torna os utilizadores um pouco raros. Mesmo assim, sites brasileiros que comercializam bitcoins são encontrados facilmente na internet, como o BitcoinBrasil.com.br e o MercadoBitcoin.com.br. As pessoas que não podem ou não preferem minerar ficam na parte mercadológica: compram e vendem as moedas em uma espécie de câmbio.

O fotógrafo Allex Ferreira é dono do Brasil Bitcoin, uma comunidade dedicada a trocar informações e negociar as moedas virtuais. Mesmo não tendo suporte nas moedas em terras tupiniquins, as moedas podem, muito bem, serem úteis, segundo ele: "Já consegui comprar com bitcoins peças de computador, passagens de avião, e mais um monte de coisa".

Allex comercializa bitcoins há quase 2 anos e diz que o comércio da moeda é como qualquer outro. "É como vender limão numa feira. As pessoas me adicionam, perguntam por quanto que eu vendo cada moeda e eu dou o valor. Pego a cotação do dia e vendo", comércio este que deve dar bastante lucro. A última cotação do Bitcoin sinalizou que cada moeda está custando $1000. CADA UMA.

Para aqueles que começaram a minerar e investir cedo, os early adopters, as bitcoins são um bom negócio. Nos primeiros anos a mineração não era tão competitiva, mas aquelas centenas ou milhares de moedas adquiridas há tempos atrás atualmente valem bastante.

Se você está pensando em investir ainda dá tempo: o sistema foi feito para suportar só 21 milhões de bitcoins. Quando elas pararem de ser geradas, as que já existem dariam conta de circular e girar uma economia própria. Com uma boa pesquisa e máquinas muito potentes, a mineração pode render bons frutos.
Se quiser vender, o mercado está aí cheio de oportunidades, porém é sempre necessário ter um capital inicial. Afinal, pode não parecer, mas moedas não caem das árvores.

 
Por: Rafael Trocatti
De: São Paulo - SP
Email: rafael@revistafriday.com.br

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