Já estou na Turquia há um mês e nove dias. Quando tomei a decisão
de ficar um ano por aqui, imaginei que seria um ano infinito, mas esse primeiro
mês já passou, e passou voando!
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Garden Pub com amigos turcos |
Todo ano, entre o fim de Julho e começo de Agosto, acontece o Festival Agrícola de Babaeski, evento
mega importante para os moradores, que se reúnem no local do evento e assistem
shows de celebridades (ou não celebridades), bebem, conversam e se divertem. Eles juntam atrativos
para todas as faixas etárias no festival, então dá pra ver desde pula pula, carrossel e similares (eles trazem todas as máquinas só para o festival, depois tudo vai
embora)
até o Garden Pub servindo bebidas e dando amendoim e amêndoas de graça para
comer com cerveja! Como eu não bebo, devo ter dado um prejuízo pro Pub por ter
jantado amendoim todos os dias, haha!
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O máximo que consegui capturar dos Shows do Festival... |
Bom, mas voltando ao festival: este ano, Babaeski contou com a magnífica presença de
Gülşen, hit do verão da Turquia, que canta uma música que me lembrou o funk “ela senta
e levanta” mas com ritmo pop. A música se chama “deitar e levantar”, e todo mundo
AMA! Olha aí o clipe:
E já que estamos no mundo dos hits, aproveito para falar
sobre a indústria musical e sistema econômico. A influência Americana aqui
também é forte. Frequentemente ouço Miley Cyrus, Daft Punk e Selena Gomez na rádio,
mas também toca muita música turca. Aqui também existe o conceito “música brega”,
e é engraçado como alguns artistas são considerados maravilhosos e outros são
considerados cantores de “música de pobre” (sic), mas produzem o mesmo estilo
musical. Aqui é bem difícil gostarem de rock, todo mundo pende bem mais pro lado pop ou eletrônico, então fica difícil falar de outros tipos musicais...
Nos clipes e shows, é super normal ver as mulheres seduzindo
de roupinha apertada e curta, e também fazem muitas coreografias tipo video dance e boy band.
E, para a minha supresa, os modelitos não ficam só nos clipes: tem muita menina
usando saia justa e vestidinho periguete #festivalBabaeski #baladaTop #agoravai #procuroMarido!
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Gülşen à la Deborah Secco! |
E falando em dinheiro, tive o privilégio de passar um bom tempo sem gastar nenhum centavo, cheguei até a me esquecer que dinheiro existia, visto que não precisava comprar nada no dia a dia. E isso me deu uma sensação tão boa! Pensar que tem gente que realmente não usa dinheiro até hoje, que planta sua própria comida, que nunca precisa ir muito longe de casa, e se precisar, vai a cavalo...Tive vontade de viver assim! Mas aí quis comprar um laptop novo e passou, beijos.
Nessa parte europeia da Turquia, é comum vermos pessoas chamadas de "çingene", ou ciganos, que moram em casas improvisadas que me lembram nossas favelas; na verdade, o termo aqui é bem generalizado, já que chamam de "çingene" qualquer pessoa que se encaixe em qualquer uma dessas alternativas: negro(a), morador de rua, de classe econômica mais baixa, pedinte... Muitos são verdadeiros ciganos, mas a mistura é tanta que só dá pra ter certeza perguntando, mesmo.
Já em Istanbul, a desigualdade aumenta, e por isso o perigo aumenta também. Na parte do leste da Turquia, a influência religiosa e mediterrânea é maior, e por isso o machismo é bem maior, aumentando muito as chances de estupros e violência.
Mas por aqui em Babaeski, segurança realmente não é o problema. Em uma de minhas aulas de inglês na empresa, perguntei aos meus alunos quais eram as profissões mais perigosas. Eles falaram de tudo, esquiador, patinador, rally, MMA... E nada de polícia. Quando perguntei para eles se ser policial não era uma profissão perigosa, eles responderam "nossa, polícia? Imagina, aqui eles só cuidam das burocracias, trabalham só em escritório!". Que bonito, né? :)
Então é isso, fica por aqui o post da semana, e até a próxima!
Beijos e abraços brasileiros! ;)
Nessa parte europeia da Turquia, é comum vermos pessoas chamadas de "çingene", ou ciganos, que moram em casas improvisadas que me lembram nossas favelas; na verdade, o termo aqui é bem generalizado, já que chamam de "çingene" qualquer pessoa que se encaixe em qualquer uma dessas alternativas: negro(a), morador de rua, de classe econômica mais baixa, pedinte... Muitos são verdadeiros ciganos, mas a mistura é tanta que só dá pra ter certeza perguntando, mesmo.
Já em Istanbul, a desigualdade aumenta, e por isso o perigo aumenta também. Na parte do leste da Turquia, a influência religiosa e mediterrânea é maior, e por isso o machismo é bem maior, aumentando muito as chances de estupros e violência.
Mas por aqui em Babaeski, segurança realmente não é o problema. Em uma de minhas aulas de inglês na empresa, perguntei aos meus alunos quais eram as profissões mais perigosas. Eles falaram de tudo, esquiador, patinador, rally, MMA... E nada de polícia. Quando perguntei para eles se ser policial não era uma profissão perigosa, eles responderam "nossa, polícia? Imagina, aqui eles só cuidam das burocracias, trabalham só em escritório!". Que bonito, né? :)
Então é isso, fica por aqui o post da semana, e até a próxima!
Beijos e abraços brasileiros! ;)
Por: Bárbara
De: Babaeski - Turquia
Email: barbara.kaneko@aiesec.net